Fabricio Carvalho
Informações mais recentes da imprensa europeia indicam que o E-Prix de Hyderabad (Índia) corre grave risco de não retornar à Fórmula E para uma segunda temporada, havendo “várias razões” pelas quais um retorno parece muito improvável.
A Fórmula E correu na Índia pela primeira vez em sua história na temporada passada, com o campeonato se tornando a primeira série governada pela FIA a ser disputada no país asiático desde a última corrida da Fórmula 1 em Delhi, em 2013.
No entanto, toda a realização da corrida foi um processo complexo, pois antes da viagem inaugural a Hyderabad havia preocupações de que o E-Prix nem sequer aconteceria. Mesmo quando o paddock chegou a Hyderabad, o circuito ainda estava passando por trabalhos de última hora, para garantir que atendesse aos padrões de segurança da FIA.
Cabe ressaltar que o evento foi bem realizado de acordo com os relatos da imprensa presente, com Hyderabad tendo sido, em muitos aspectos, onde a era Gen3 realmente ganhou vida. Cidade do México e Diriyah não foram as corridas mais emocionantes, principalmente devido ao quão novo o Gen3 era para todas as equipes.
O E-Prix de Hyderabad não poderia ter sido mais diferente, já que o início da volta em alta velocidade permitiu aos pilotos realmente impulsionar os novos carros pela primeira vez. Pascal Wehrlein sofreu uma grande queda, da qual felizmente escapou nos treinos livres.
De Hyderabad em diante, as corridas tornaram-se cada vez mais frenéticas, o que resultou em corridas emocionantes e consistentes. Embora não haja dúvidas de que a 10ª temporada produzirá muita ação fascinante, Hyderabad não parece preparada para fazê-lo.
Problemas de gestão ameaçam E-Prix da Índia
Mesmo assim, a data do E-Prix de Hyderabad no calendário da 10ª temporada está atualmente definida como “TBD” (a ser decidido), com um jornal diário indiano informando que a cidade indiana “não sediará o evento”. Se for verdade, então a Fórmula E precisará diminuir o número de rodadas no S10, introduzir outro jogo duplo ou adicionar uma nova cidade.
“No momento, a corrida não está acontecendo em Hyderabad, e as chances da Índia de sediar o Campeonato de 2024 são mínimas”, disse a Federação de Clubes de Esportes Motorizados da Índia (FMSCI) ao jornal diário The Hindu.
Segundo um gestor da FMSCI, a dúvida por trás do evento – que contou com a presença de 31 mil pessoas em fevereiro e gerou 78,5 milhões de euros para a cidade – avançar é da “gestão”, não sendo o circuito em si uma preocupação. Existem supostamente “várias razões” pelas quais a associação indiana de automobilismo não está convencida de que o E-Prix ocorrerá, sendo a realização do evento anualmente um “desafio”.
