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Lucas Di Grassi comenta dificuldade de ultrapassagens em Mônaco e aponta fator “crucial” para definir chances de pódio

Piloto brasileiro adota “pés no chão” para o próximo E-Prix da Fórmula E que acontece nesse fim de semana

Lucas Di Grassi
Lou Johnson/Spacesuit Media

Neste sábado (6), acontecerá o E-Prix de Mônaco, pela 9ª etapa da Fórmula E. O traçado é muito desafiador, sendo muito complicado para ultrapassagens e com grandes chances de acidentes. Mas é um circuito amado por pilotos de todas as categorias.

Um dos representes do Brasil, Lucas Di Grassi falou sobre suas expectativas para a prova.

“Eu vejo essas características como algo que varia de categoria para categoria. A Fórmula E já fez provas lá com muitas ultrapassagens, em 2021, quando usávamos a geração de carro anterior à que estamos usando agora. Então, temos que ver como será com o Gen3, nosso atual equipamento, que vai estrear lá. Mas de qualquer forma o classificatório para o grid vai definir muito de quem terá chances de pódio nessa corrida, justamente por que as ultrapassagens são mais difíceis”, frisou o brasileiro.

“O fato é que a Fórmula E possui um nível de combatividade durante as corridas que é difícil de atingir. Você tem disputas o tempo todo por praticamente todas as posições. É muito equilibrada e isso resulta em brigas constantes. É o que vamos ver em Mônaco novamente”, detalha o brasileiro, que atualmente compete pela equipe Mahindra.

“Espero que seja uma prova competitiva para nós, mas temos que ter os pés no chão. Vamos trabalhar passo a passo tendo em mente uma melhora para a parte final da temporada. Mas aqui em Mônaco o objetivo é voltar aos pontos”, complementou Lucas Di Grassi.

História de Mônaco no automobilismo mundial

O traçado de Mônaco é chamado de “joia da coroa” em uma referência dupla: por ser disputado em um principado e, também, por sua importância para o automobilismo em geral (o primeiro Grand Prix foi realizado em 1929) e para a Fórmula 1 em particular (o traçado já estava no calendário no ano de estreia da categoria, 1950, quando a etapa foi vencida pelo Alfa Romeo do argentino Juan Manuel Fangio).

Mas, como todos os grandes eventos, a corrida de Mônaco tem fases boas e ruins. Tanto que em 195  a prova da F-1 foi cancelada por falta de verba.

Atualmente as categorias mais importantes que utilizam a pista são a F-1 e a Fórmula E. O que mantém as corridas em Mônaco são o status, a tradição e a aura nobre que ainda marcam os eventos no Principado. Mas não necessariamente pelo dinheiro: as provas em países árabes são as novas minas de ouro.

Esportivamente, Mônaco sempre foi e continua a ser controversa. O traçado estreito, com poucas áreas de escape e muito potencial para acidentes, são alvos de críticas, cujo tom sempre é elevado quando algo mais dramático acontece. Mesmo assim, todos querem competir lá.

Em nove temporadas de Fórmula E, a prova deste final de semana será a sexta na história da categoria.

Expectativa do piloto brasileiro

Recordista de vitórias e pódios, Di Grassi tem até o momento dois pódios em Mônaco, um no campeonato 2014-15 e outro na temporada na qual foi campeão, 2016-17.

Além da questão esportiva, Lucas e sua equipe trabalham para desenvolver tecnicamente o trem de força da Mahindra. O foco é preparar o modelo para a parte final da temporada.

Com oito das 16 provas disputadas, Di Grassi atualmente é o 14º na tabela, com 18 pontos. O líder é o alemão Pascal Wehrlein, da Porsche, com 100.

Programação da Fórmula E (horários de Brasília)

Sábado (06/05)

02h25 – 03h15: Treino livre 1

04h05 – 04h55: Treino livre 2

05h40 – 06h55: Classificação

10h03 – 11h30: Corrida

Flavio Souza

Escrito por Flavio Souza

Formado em Gestão de TI e cursando Jornalismo.

Escrevo sobre esportes a motor desde 2021, falando sobre Fórmula E, Endurance entre outras modalidades, com participações presenciais e virtuais em eventos, entrevistas e competições do automobilismo.

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