Com o bicampeonato da Fórmula Indy confirmado matematicamente com uma rodada de antecedência, Álex Palou concedeu entrevista para o jornal espanhol Marca. O piloto catalão de 26 anos justificou as razões pelas quais não honrou o compromisso firmado com a Arrow McLaren.
Assim, Álex Palou alegou que dificilmente seria aproveitado pela equipe na Fórmula 1 e exaltou a sua escuderia, a Chip Ganassi. “Não houve oportunidade real na F1. Isso explica tudo. Mas é claro que também ajuda ter o melhor carro da IndyCar“, declarou o bicampeão.
“A porta nunca está completamente fechada, obviamente, mas ao mesmo tempo estou envelhecendo e, se depois de 2021 e deste 2023, não houver uma oportunidade real e boa… será difícil que uma porta se abra, porque será difícil repetir isso. Nem queria ficar esperando a porta se abrir e deixar de lado o que eu realmente poderia fazer bem, que é a IndyCar“, complementou Álex Palou.
Então, o piloto espanhol admitiu não alimentar tantas esperanças em integrar o grid da Fórmula 1. “Estou feliz onde estou, se surgir uma boa oportunidade no futuro – mas acho que há poucas chances – nós a aproveitaríamos. Mas também não estou ansioso pela F1. A posição que tenho é muito privilegiada, em uma das melhores equipes, com tudo que preciso para brigar por corridas e campeonatos e seria difícil deixá-la“, falou ao Marca.
Para Álex Palou, as presenças de dois espanhóis na Fórmula 1 complicam ainda mais
Apesar disso, Álex Palou lamentou não estar conseguindo abrir as portas dos colegas de IndyCar para a Fórmula 1. “Se depois do ano que fizemos não houver opções reais, será difícil que elas existam daqui para frente“, opinou.
Além de sua idade, o espanhol também salientou o fato da principal competição do automobilismo mundial ter dois compatriotas no grid: Fernando Alonso e Carlos Sainz Jr. “O fato de já existirem dois espanhóis também não ajuda, talvez para um americano seja mais fácil. Eu entendo, no final são apenas 20 lugares“, falou Álex Palou.
O bicampeão da Indy chegou a assinar com a tradicional escuderia britânica, recebendo até um adiantamento da equipe. Contudo, optaria posteriormente pela permanência na Chip Ganassi para 2024. O que motivaria um processo do CEO da McLaren, Zak Brown. “No futuro irei explicar“, despistou, sobre o impasse.