in

Mario Andretti analisa possível etapa na Argentina e questiona Indycar: “Tem que ser por pontos”

Lenda do automobilismo dos Estados Unidos e campeão mundial de Fórmula 1, Mario Andretti fez projeções para o futuro da Indy

Mario Andretti
Mario Andretti e o carro de sua equipe (Divulgação/X Mario Andretti)

A Fórmula Indy está bem próxima de ter edições fora dos Estados Unidos, além da etapa de Toronto no Canadá. Assim, a Argentina pode receber, já no ano que vem, uma corrida do tradicional campeonato. Entretanto, a prova não valeria pontos para o campeonato oficial, o que desagrada Mario Andretti.

Na opinião do lendário automobilista, a expansão da Indycar para além da América do Norte pode remeter aos melhores momentos da competição. Mario Andretti recordou que, na década de 90, o campeonato foi transmitido para 120 países, vivendo seus melhores momentos em termos de repercussão mundial.

Eles tiveram que recomeçar, mas acho que o esporte está em um bom momento agora, no geral. Eles têm o produto, têm os pilotos e as equipes. São equipes boas e sólidas. é provavelmente sem precedentes. E por que não expandi-lo? Eu adoraria ver, não eventos sem pontuação, mas eventos de campeonato, se fossem realizados fora dos Estados Unidos“, declarou Mario Andretti, ao portal Motorsport.

“Corrida sem pontuação não funciona”, criticou Mario Andretti

O piloto vencedor das 500 Milhas de Indianápolis em 1969 e campeão da Fórmula 1 em 1978 protesta contra a decisão da Indycar. Para Mario Andretti, caso a competição tenha uma etapa na Argentina, ela não pode ser apenas de exibição. Ou seja, não contando pontos para o campeonato.

Acho que qualquer corrida que faça parte da série, não importa onde aconteça, deve ser uma corrida por pontos”, observou Mario Andretti. “Não se trata de ‘OK, vamos para a Argentina, mas não é uma corrida por pontos’. Você sabe, a Fórmula 1 costumava ter isso. Silverstone costumava ter uma corrida sem pontos. Isso não funciona. Apenas não tem nenhum significado. Você tem que fazer sentido para que o esforço de todos seja 100%“, complementou.

“Brasil ainda deve dinheiro para a CART”, observou Bobby Rahal

Bobby Rahal concordou com Mario Andretti. O vencedor das 500 Milhas de Indianápolis em 1986 e tricampeão da Champ Car, percursora da Indy, aproveitou para fazer uma crítica à organização no Brasil.

Quando corremos na Austrália e no Japão, principalmente nesses dois, foram eventos muito lucrativos, muito fortes financeiramente para nós na Indycar. A Austrália foi ótima. O Brasil foi bom, mas o Brasil, acho que eles ainda devem dinheiro à CART depois de todos esses anos. Não acho que a CART exista mais, mas acho que eles ainda devem. Mas eventos de qualidade como a Austrália, como o Japão, foram eventos por pontos. E sim, se você está indo por esse caminho, não sei por que você não faria uma corrida por pontos“, comentou Bobby Rahal. 

Escrito por Marco Andrews Felgueiras Maciel

Jornalista formado pela PUCRS em 2007 e pós-graduado em Imprensa Esportiva e Assessoria de Comunicação pela Universidade Castelo Branco. Atuei na web-rádio Voz do Futebol e escrevo para o Torcedores.com desde 2022, além de colaborar para o site Nas Pistas a partir de 2023. Também edito o SAMBARIO, voltado para carnaval e sambas-enredo, desde 2004. No canal do YouTube do portal (@sambariosite), entrevistamos mais de uma centena de personalidades do samba e do carnaval nos tempos da pandemia. Ainda fui redator e assessor de imprensa da ALAP (Associação Latino-Americana de Publicidade).

Comentários

Loading…

Foto de Emerson Fittipaldi para ilustrar o ex-piloto bicampeão mundial que fez apelo por incentivo para mais pilotos latino-americanos chegarem à Fórmula 1, uma vez que a categoria tem somente um representante da América Latina

Emerson Fittipaldi faz apelo por mais pilotos da América Latina na Fórmula 1: “Precisamos de mais apoio”

Lewis Hamilton, Mercedes

Lewis Hamilton sinaliza movimentação da Red Bull: “Estão construindo algo para 2024”