A Dorna, empresa organizadora da MotoGP, anunciou nesta quarta-feira que o GP da Argentina de motovelocidade da temporada 2024 está oficialmente cancelado. Com isso, o calendário, que seria o mais longo da história, com 22 corridas, passará a ter 21, já que o evento não terá substituto. O campeonato começará no dia 10 de março com o GP do Catar.
A corrida, que seria a terceira etapa da temporada em Termas de Río Hondo, já estava seriamente ameaçada desde a semana passada devido aos cortes nas despesas do governo Javier Milei, novo presidente do país. Isso afetou diretamente o evento, já que o GP era fortemente subsidiado pelo governo. O cancelamento foi anunciado oficialmente pela Dorna e pela Federação Internacional de Motociclismo (FIM) neste dia 31 de janeiro.
“A FIM, IRTA e Dorna Sports confirmam o cancelamento do GP da Argentina de 2024”, dizia o comunicado. Devido às atuais circunstâncias na Argentina, o promotor do evento comunicou que atualmente não consegue garantir os serviços necessários para que o GP se realize em 2024 nos padrões da MotoGP. Este evento não será substituído no calendário de 2024. A MotoGP espera voltar a correr em Termas de Rio Hondo em 2025”, diz o comunicado.
Vale lembrar que Javier Milei foi eleito presidente da Argentina em 20 das 23 províncias do país e na capital Buenos Aires, que é autônoma. Seu rival no pleito, o peronista Sergio Massa, ganhou só nas províncias de Buenos Aires, Formosa e Santiago del Estero, justamente onde fica o Autódromo de Termas de Río Hondo.
Termas de Río Hondo está no calendário também da Porsche Cup Brasil, com uma etapa prevista para setembro. A categoria, contudo, ainda não confirma a rodada, com a possibilidade de uma praça alternativa receber o evento.