Fora da MotoGP de 2012, o bicampeão Casey Stoner ainda sofre com sequelas da fadiga crônica em decorrência da sua trajetória nas pistas. No ano de sua despedida, o piloto já convivia com o início precoce do problema, e a medida que o tempo foi passando, o quadro ficou ainda mais intenso.
Em entrevista ao MotoIt, o lendário piloto britânico revelou como lida com a doença ao longo de mais de uma década, destacando o quanto o “problema invisível” impacta diretamente o seu dia a dia.
“A fadiga crônica é muito difícil de entender para quem não tem essa doença. Porque não é físico. Não é um osso quebrado, você não consegue ver. Tive tantas pessoas me dizendo para apenas me levantar e fazer as coisas”, relatou Casey Stoner, enfatizando o quanto o problema deixa o paciente vulnerável.
“A força mental não foi um problema para mim. Eu poderia fazer o que quisesse, especialmente em corridas e em situações muito difíceis. Eu posso lidar com isso. Com a fadiga crônica você não tem controle. Nenhum controle de seus pensamentos ou de seu corpo. Você está completamente cansado o tempo todo”, seguiu o bicampeão da MotoGP.
“Estou muito grato por, nos últimos dois anos ou ano e meio, ter encontrado algumas melhorias. Antes disso, era muito inconsistente. Mês a mês. Muito baixo, então um bom mês, para ser um pouco melhor. Mas nunca cheguei a um bom nível até os últimos dois anos”, destacou Casey Stoner.
Em meio aos problemas, o piloto ainda foi diagnosticado com o coronavírus em três oportunidades no último ano, situação que ocorreu entre outubro de dezembro, e impactou diretamente o corpo do britânico.
Casey Stoner foi campeão da principal categoria da motovelocidade em 2007, com a Ducati, e quatro temporadas mais tarde ficou no lugar mais alto do pódio defendendo as cores da Honda. Atualmente, o piloto possui 37 anos.