Responsável por dirigir a Ducati, o experiente Gigi Dall´Igna manifestou apoio à chegada dos motores de 850cc na MotoGP, mas deixou claro que deseja um pacote de regras menos ousado em relação ao que foi proposto inicialmente.
“Considero a redução no deslocamento [de 1.000 cc para 850 cc] muito positiva”, disse o chefe da Ducati em entrevista ao GPone.com, destacando outros pontos a serem ajustados.
“Mas na minha opinião há outros aspectos que não são muito positivos no sentido de que esta regulação vai durar até 2032. Portanto, esperava que pudéssemos ter inserido alguns elementos mais inovadores em termos de moto e recuperação de energia”, avaliou Gigi Dall´Igna.
Indagado se estava comentando sobre a chegada dos motores híbridos, o chefe da Ducati foi enfático sinalizando positivamente.
Chefe da Ducati fala sobre hibridização
“Uma pequena quantidade de hibridização, na minha opinião, teria sido um sinal positivo. É claro que teria sido importante encontrar uma forma de conter custos, porque essas tecnologias têm custos significativos”, avaliou Gigi.
“Provavelmente foi por isso [que isso não aconteceu]… mas talvez encontrar um único fornecedor para as peças mais caras [poderia ter sido uma solução]. Teria sido um elemento de inovação interessante para o mundo das motos”, complementou o mandatário da Ducati.
Nos bastidores, os fabricantes estão discutindo sobre o congelamento das motos ou ao menos dos motores, para focar no desenvolvimento das motos de 850cc. Segundo o chefe da Ducati, as regras do SBK também precisam de revisão para evitar sobreposição de desempenho com a MotoGP.
A MotoGP volta às atividades no próximo final de semana, com a quinta corrida da temporada, no circuito de Le Mans, na França. No momento, Jorge Martín, da Pramac, e Francesco Bagnaia, da Ducati, rivalizam de forma direta pelo título, a exemplo do que já havia acontecido na última temporada, quando a disputa se estendeu até à última prova do ano.