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Em busca de bons resultados, Espargaró define estratégia para o GP da Inglaterra

Motociclista espanhol voltou a comandar uma KTM RC16 na corrida de Goodwood, após acidente em Portimão

Pol Espargaró MotoGP
Divulgação/ Twitter Tech3 Racing

Após quase quatro meses fora das pistas, Pol Espargaró voltou a pilotar na prova de Goodwood, que ocorreu entre os dias 13 e 16 de julho. Assim, o espanhol pôde dirigir sua KTM RC16 pela primeira vez desde o assustador acidente de Portimão pela primeira prova da MotoGP em 2023. Na ocasião, o piloto de 32 anos sofreu um contusão pulmonar, fratura do maxilar e de uma das mãos, duas costelas quebradas e três vértebras.

Não há dúvidas de que o dano na coluna vertebral foi o motivo da ausência do motociclista catalão por todo esse tempo. Ele, inclusive, teve que adiar várias vezes a data do seu retorno.

“Se não fosse pela vértebra número 8, eu teria podido voltar às corridas já em junho. Ainda não havia cicatrizado corretamente, também estava comprimido. É por isso que agora estou um centímetro e meio mais baixo”, explicou Espargaró.

Agora, após tanto tempo de espera, o espanhol está bem ansioso pelo dia 4 de agosto, data em que enfrentará os primeiros treinos do GP da Inglaterra. É claro que ele ainda terá que fazer um check-up médico assim que chegar ao circuito. No entanto, isso parece apenas uma mera formalidade, já que o piloto afirmou com convicção que estará 100%.

“Estarei 100% em Silverstone”, disse o piloto da equipe GASGAS Factory Racing Tech3.

Pol Espargaró precisará ser cauteloso e paciente

Encontrar o ritmo não será fácil para Espargaró. Ainda mais se considerarmos que ele nunca ficou tanto tempo longe das motos.

“Não será fácil para mim. Terei que me acostumar com a forma usual de trabalho e os costumes dos GPs. Vou precisar de Silverstone para voltar ao modo de corrida após esta longa parada. Duas semanas depois, em Spielberg, terei três dias atrás de mim na moto. Lá já terei um entendimento melhor e talvez possa tentar fazer um tempo rápido. Espero uma prestação melhor na Áustria, mas em Silverstone quero começar com cautela”, comentou o catalão.

Assim, Pol precisará de cautela no retorno. Além disso, o motociclista acha que será mais fácil dizer do que fazer.

“Assim que você se encontra em um GP, torna-se difícil ser cauteloso e se conter, porque você quer tirar o máximo. Estou terinando com uma Superbike e dia 29 de Julho volto a dar voltas em Barcelona, mas não dá para simular a preparação exigida na MotoGP. Vou ter que entrar na pista de Silverstone e ver o que acontece. No meu primeiro teste em Aragão, em junho, senti uma forte tensão no pescoço logo após um dia e na MotoGP a tensão será 5 vezes maior. Se eu estiver apenas cansado na sexta à noite isso não será um problema, mas não sei se ainda vou sentir dor em algum lugar”, explicou Espargaró.

Por fim, o espanhol salientou qual será o ponto mais crítico.

“O ponto mais crítico será o pescoço. Acho que com o treinamento e a fisioterapia intensiva, as dores não serão mais um grande problema, mas não consigo treinar bíceps e tríceps, nem outros grupos musculares, por muitas semanas devido às vértebras fraturadas, então não há vai demorar algum tempo até voltarmos à plena forma física”, finalizou Espargaró.

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