Cido Vieira
Fora das últimas três provas da MotoGP na temporada, o espanhol Joan Mir segue de “molho” em processo de recuperação e irá regressar à categoria possivelmente logo na retomada do calendário, em agosto. Entrevistado pelo jornal “As”, o empresário do piloto, Paco Sánchez, subiu o tom contra a formatação vista no campeonato.
Na concepção de Paco, a introdução de corridas Sprint na MotoGP traz um desgaste significativo aos pilotos, citando não só os problemas de Joan Mir, mas também de outros atletas que estão ou ficaram no “estaleiro”.
“Este formato está a triturar os pilotos fisicamente e psicologicamente. Posso falar do Pol [Espargaró], do [Miguel] Oliveira ou do [Enea] Bastianini, que não estão numa Honda, e estiveram ou estão em casa por lesão, devido ao stress, e a nova fórmula que faz com que os pilotos estejam sob uma enorme pressão desde o primeiro momento. A estatística está aí. Não é um pensamento, mas sim uma realidade. Nunca vi um campeonato com um nível de lesões como estou a ver este ano”, pontuou o empresário, citando também a irregularidade expressiva da equipe de Mir.
“Você junta o formato do campeonato da MotoGP, o número de quedas e que a Honda é uma moto crítica e o resultado é uma catástrofe”
NOVOS HORIZONTES NA MOTOGP?
Ainda na entrevista, Paco Sánchez foi questionado se diante da crise vivenciada pela Honda, Joan Mir pode se transferir para uma outra equipe da MotoGP, antes do término do vínculo, e a resposta foi enfática, dando certa a permanência.
“Não. O objetivo é cumprir o contrato com a Honda e tentar tornar aquela moto competitiva. Não é uma missão fácil. Grandes pilotos passaram pela Honda nestes anos, como Lorenzo, Pol, Álex Márquez e Pedrosa nos últimos anos, todos eles passando por momentos difíceis. Mesmo vencendo Márquez teve dificuldades, pois venceu com uma quantidade brutal de quedas”, pontuou o empresário.
