Cido Vieira
A nova regra de concessão da MotoGP traz um cenário mais flexível para Honda e Yamaha em uma movimentação da categoria para que as duas escuderias asiáticas equilibrem o páreo com as demais concorrentes. Em ação no shakedown promovido no circuito de Sepang nesta semana, o piloto Joan Mir falou sobre o desempenho e foi enfático ao destacar os benefícios que a novidade traz.
“Com certeza isso é uma grande ajuda. Honestamente, é ótimo estar de volta a essas máquinas, é uma loucura como elas são rápidas!”, iniciou Joan Mir.
“É verdade que a chuva durante a tarde destes dois dias foi uma pena, porque tínhamos mais algumas coisas para experimentar. Mas de qualquer forma, acho que fizemos dias positivos. Tentamos muitas coisas, é uma loucura! Temos que entender um pouco a direção que queremos tomar, porque testamos motos diferentes, motores diferentes e personagens diferentes.
Pilotos da Yamaha e da Honda ganharam um bônus liberando as atuações em testes dois antes dos demais. O novo sistema de concessão permite que pilotos das duas escuderias participem de testes privados, incluindo o shakedown. Os testes oficiais ocorrem nos dias 6 a 8 de fevereiro.
Nos primeiros testes, Joan Mir cravou o sexto tempo mais rápido, ficando apenas 0,328 do jovem ascendente Pedro Acosta, novidade na GasGas Tech3 KTM para 2024.
Perguntado sobre quantas motos ele terá na semana e se o modelo problemático da Honda de 2023 está entre elas, o piloto espanhol foi enfático na resposta.
“A moto do ano passado não está aqui. Não sei se é no Japão! Mas temos a moto de Valência [teste] aqui e temos um novo protótipo. Duas motos diferentes. A ‘Moto 1’, mesmo comparada com Valência [teste], é um pouco diferente. E outra [Bike 2]… com um motor diferente. Portanto, temos mais coisas, mais motores e mais coisas, mas [apenas] duas motos”, pontuou Joan Mir, destacando que ainda não teve tempo suficiente para aproveitar a moto ao máximo.
Para a temporada 2024, uma das grandes novidades na Honda é a alteração na parte aerodinâmica, que deixa a moto com uma “pegada europeia”.
“Dava para ver que a aerodinâmica não era como no ano passado, quando era quase nenhuma. Eles começaram a trabalhar nisso. Eles ainda são pequenos comparados aos demais, é verdade. Mas estamos dando alguns passos. Tentando entender também para mim”, complementou Joan Mir.
