Marco Andrews Felgueiras Maciel
Foi um dia cruel para Jorge Martín. Firme na disputa pelo título da MotoGP contra Francesco Bagnaia, o piloto da Pramac largou na pole do GP da Austrália na madrugada deste sábado (21). Ele liderou durante 26 voltas e nas três primeiras curvas da última. Então, o desfecho não seria nada agradável para o espanhol.
No circuito de Phillip Island, a organização da MotoGP inverteu a corrida principal com a sprint, que ocorrerá excepcionalmente nesta noite (21) às 23h (horário de Brasília). A razão é a previsão de chuva e vento fortes no local. Jorge Martín foi um dos poucos pilotos a optar pelos pneus macios traseiros. E a tática se mostraria equivocada no fim da prova.
Mesmo depois de chegar a abrir 3,5 segundos do segundo colocado na ponta, o pelotão de cima encostaria aos poucos em Jorge Martín. Assim, na volta derradeira, foi ultrapassado por quatro oponentes, amargando uma quinta colocação que o deixa mais distante do título da MotoGP.
A vitória no GP da Austrália de MotoGP foi de Johann Zarco, companheiro de Martín na Pramac. Foi o primeiro triunfo da carreira do francês na principal categoria do Mundial de Motovelocidade. Com a segunda colocação de Bagnaia, a distância do italiano da Ducati na liderança para Jorge Martín foi ampliada para 27 pontos.
“Não havia como eu vencer”, lamentou Jorge Martín
O vice-líder da temporada 2023 da MotoGP analisou sua performance depois do fim da corrida. “Agora é muito fácil entender que o macio não foi a escolha certa, e sim o médio“, avaliou. “Eu me senti bem. Eu estava administrando a distância [sobre os outros] no meio da corrida. Mas a partir de seis voltas para o final, foi o momento em que comecei a lutar muito. Vi que não tinha pneu traseiro“, declarou o espanhol de 25 anos.
Jorge Martín prosseguiu: “Eu vi que eles estavam vindo. Talvez por duas voltas eu tenha mantido um pouco a distância, mas na última volta recuperaram meio segundo em duas curvas. Então não havia como eu vencer“, concluiu.
Por fim, o piloto da Pramac afirmou que passará a optar pelos mesmos compostos de seus oponentes nas próximas etapas da MotoGP: “O importante é não cometer mais erros na escolha dos pneus. Basta tentar seguir o mesmo caminho dos meus adversários e acho que essa será a chave para tentar vencer“, finalizou.
