Cido Vieira
A saída de Marc Márquez da Honda após 11 anos de parceria foi o grande destaque no mercado da MotoGP nesta temporada. Mesmo tendo mais um ano de vínculo com a equipe nipônica, o espanhol optou por ficar livre e acertou a ida para a Ducati Gresini. Em entrevista ao site Motorsports.com, o hexacampeão da categoria rainha foi questionado se teria voltado atrás na decisão mediante ao novo sistema de concessão para 2024.
Nos bastidores, a organização da principal categoria de motovelocidade visa implantar medidas no intuito de auxiliar fábricas japonesas, contemplando assim Honda e Yamaha. Apesar deste cenário, Marc Márquez disse que isso não teria impacto no posicionamento de repensar uma saída da equipe.
“Não, eu já sabia há dois meses que eles teriam concessões. Então, isso não teria mudado meu plano. E desejo o melhor para a Honda. Tenho um contrato de um ano [com a Gresini] e vou tentar dar o meu 100% para ser rápido na pista, porque se formos rápidos na pista temos mais possibilidades para o futuro”, pontuou Marc Márquez.
O intuito da MotoGP com as concessões é deixar Yahama e Honda mais fortes em 2024 em uma condição de rivalizar diretamente com a Ducati. O desejo é trazer restrições em uma escala móvel, onde a equipe italiana seria a mais atingida.
Nos bastidores, a Ducati não mostra contrária à nova concessão. Entretanto, KTM e Aprilia desejam que haja a implementação de restrições mais severas, algo que a equipe italiana rejeita.
“Quando a KTM e a Aprilia precisaram das concessões, e a Honda não precisava delas, elas deram a elas. Acho que seria egoísta se agora que nós mesmos precisamos deles, e também da Yamaha, embora estejam em uma situação diferente, eles não os deram para nós. Precisamos de um pouco de ajuda para chegar ao nível [dos líderes novamente]. Eles queriam colocar tantas Ducati na pista que também precisamos de um pouco de ajuda”, afirmou o piloto Joan Mir , da Honda, sobre o assunto.
