Cido Vieira
Em entrevista ao jornal Marca, o espanhol Marc Márquez voltou a falar sobre a decisão de ser desligar da Honda após o término da temporada 2023 e rumar à Gresini Ducati no próximo ano. Seguindo a linha dos últimos discursos, o hexacampeão da categoria rainha disse não ter “sido egoísta” na saída, e que a escuderia tem um piloto à altura para substituí-lo no papel de protagonista: Joan Mir.
“Não vejo as coisas dessa forma (sobre um suposto egoísmo na saída). No final das contas, a Honda tem um campeão mundial no box, que é o Joan Mir, que não está muito longe do meu nível. E acho que o que a Honda precisa agora, e já disse isso muitas vezes, é de tempo”, avaliou Marc Márquez, destacando que a escuderia nipônica retomará o protagonismo sem ele.
“Honda é Honda e vai voltar comigo na box ou sem minha presença. Mas sim, obviamente, estamos numa situação difícil há dois ou três anos e, logicamente, Honda é Honda e vai voltar ao topo. Eles precisam de tempo, há pilotos que têm mais tempo que outros e considero que neste momento a minha prioridade é outra”, pontuou Marc Márquez, destacando que o lado financeiro não é prioridade.
“Estou em uma situação em que poderia ser egoísta, estar dentro do camarote andando de moto e receber uma fortuna. Mas acho que toda essa fortuna deve ser destinada ao desenvolvimento da motocicleta. E eu me afasto, priorizo o esporte, que é tentar me divertir na moto, como sempre fiz”, complementou o hexacampeão da MotoGP.
Ao longo de sua trajetória de 11 anos na Honda, Marc Márquez assumiu o status de protagonista na equipe e na categoria, faturando seis títulos na classe principal. Os últimos anos, no entanto, foram de ostracismo, com diversos problemas nas motos e lesões do piloto espanhol.
