Rafael Pimenta Vieira
O motociclista Maverick Viñales não aparenta ser vingativo, mas definitivamente guarda bem as suas memórias. Apesar de estar atualmente na Aprilia Racing, o piloto espanhol correu pela Yamaha por cinco anos. O período parecia promissor, mas terminou de forma inesperada em 2021, deixando memórias não tão positivas na cabeça do motoqueiro.
Além disso, vale lembrar que o espanhol teve a sua primeira oportunidade na MotoGP com o Team Suzuki Ecstar. Infelizmente, a parceria com a outra montadora japonesa também não rendeu bons frutos. Dessa forma, Viñales fez dessas lembranças uma convicção: nunca mais irá voltar a uma fabricante japonesa. Assim, quando foi questionado se, um dia, poderia ir para a Honda, a resposta foi negativa.
Em uma entrevista para o site Motosan, Maverick Viñales fez o balanço de sua atual temporada pela Aprilia. Após cinco Grande Prêmios, o piloto espanhol ocupa a sétima posição do campeonato e teve um único pódio em Portimão, a primeira etapa da competição.
“Na MotoGP há muita igualdade e em parte porque as motos são mais fáceis de pilotar. Todos nós dirigimos rápido e em ritmo de corrida, podemos ser muito consistentes. Na melhor das hipóteses, há diferenças de dois décimos. Na Moto2, por exemplo, apenas os 4 ou 5 primeiros conseguem manter um bom ritmo durante toda a corrida, é diferente. Lembro-me de que, há alguns anos, saindo das curvas, nunca conseguia acelerar a todo vapor porque a moto estava andando. Mesmo nas retas, houve momentos em que não consegui colocar toda a potência. Agora, quando você terminar a curva, coloque o máximo e deixe a moto fazer o resto. Com a aerodinâmica e a eletrônica, tudo ficou mais fácil nesse quesito”, comentou Maverick Viñales.
Maverick Viñales: “Os japoneses têm uma maneira própria de trabalhar”
Apesar de afirmar que todas as motos da MotoGP possuem condições de andar rápido, o motociclista espanhol prefere evitar algumas motos. Desse modo, ao ser questionado se um dia iria para a Honda, Maverick foi bem categórico.
“Eu não assinaria pela Honda. Eles têm uma moto muito radical e a gente vê a cada dia que quando seus pilotos querem empurrar um pouco com ela, vão para o chão. Os japoneses têm uma forma própria de trabalhar, que é difícil para nós entendermos. Já passei por isso na Yamaha e é algo que não quero voltar atrás”, revelou Maverick Viñales.
