Cido Vieira
Há algumas semanas, o mercado da MotoGP “pegava fogo” em torno das definições de pilotos para a próxima temporada. Uma das protagonistas nesta “novela” era a Ducati, que tinha três pilotos pleiteando um assento na equipe de fábrica. Depois de alguns rumores, o espanhol Marc Márquez levou a melhor sobre Enea Bastianini e Jorge Martín e ficou com a vaga.
Depois da cartada ser definida, alguns desdobramentos da decisão começam vir à tona. Durante a transmissão dos treinamentos do GP de Assen, que acontece neste final de semana, o apresentador Simon Crafar revelou que a decisão da Ducati por Marc Márquez se deu principalmente por questões de poder comercial.
Quando Jorge Martín parecia ser a opção mais clara da equipe, a principal categoria da motovelocidade foi surpreendida com a ida do espanhol para a Aprilia, e o caminho ficando aberto para o Formiga Atômica, anunciado pouco depois como o escolhido para figurar ao lado de Francesco Bagnaia na escuderia italiana. A força dos holofotes que Marc Márquez traz consigo foi o diferencial.
“Quer você goste ou não, quer você ache que foi injusto com Jorge, o que é bem verdade… Se você acha que foi a escolha óbvia levar Marc, o que é bastante correto… Não culpo a Ducati ou a sua empresa-mãe. Ele recebe mais publicidade”, pontuou Simon Crafar.
“Ele é tão determinado. Ele faz acontecer. Nesta batalha, ele é a única máquina ’23 nela. Ele não está nisso há muito tempo. Gigi Dall’Igna vê todos os dados, ele vê o que está fazendo, com o que tem. Imagino, também, que os patrocinadores estivessem interessados nisso. A controladora, Audi, interessada em marketing”, concluiu o apresentador.
Marc Márquez aponta Bagnaia como “número 1” na Ducati
Durante as movimentações no circuito de Assen, Marc Márquez foi questionado sobre a futura relação com Francesco Bagnaia. Apesar de ainda não ter entrado em contato com o italiano, ele fez questão de destacar que chegará com status de “novato” na Ducati e, portanto, será o piloto 2 da escuderia, dado o tempo que o atual bicampeão da MotoGP já tem no time.
“Ele é o campeão. Para mim, é algo super legal. Este ano, estou aprendendo a pilotar esta Ducati com ele. No ano que vem, manteremos do mesmo jeito. Ele é o número 1 dentro da garagem. Ele é quem venceu nos últimos dois anos”, disse Marc Márquez.
“Vamos tentar 100% estar perto dele. Na pista de corrida, vamos competir um com o outro, mas dentro da garagem precisamos ajudar a equipe a ser a mais forte do grid”, complementou o piloto da Gresini Ducati.
