Logo após a conquista do bicampeonato mundial da MotoGP, Francesco Bagnaia estendeu o seu vínculo com a Ducati. O italiano assinou um compromisso plurianual de valor mínimo de 6 milhões de libras por ano (cerca de R$ 38 milhões, na cotação atual).
Mas o que era para ser uma formalidade, se tornou um processo com alguns obstáculos. O principal motivo foi a recente mudança de diretor esportivo na Ducati. Paolo Ciabatti acabou substituído por Mauro Grassilli, que conduziu as tratativas com o bicampeão mundial.
Mas a falta de experiência do novo dirigente significou uma dificuldade, pois Grassilli jamais tinha negociado um contrato de motociclista. A especialidade do profissional é o marketing, onde trabalhou durante 20 anos para equipes da MotoGP e da WorldSBK.
“É a primeira vez que negocio um contrato para quem tem a carteira, o dinheiro sou eu. Achei que era fácil, mas na verdade foi muito mais difícil do que eu imaginava”, admitiu Grassilli, em entrevista para o site Motorsport.
A renovação de Bagnaia foi confirmada somente um pouco antes da vitória do italiano no GP do Catar, na abertura da temporada de 2024 da MotoGP em Lusail.
“Houve um momento em que tive dúvidas sobre conseguir fechar antes do Catar, porque talvez me faltasse a experiência de compreender todo o contexto. A minha primeira renovação, com um piloto tão importante, não foi fácil”, relatou Mauro Grassilli.
Mesmo assim, o diretor esportivo da Ducati cumpriu um objetivo pessoal de renovar o contrato de Pecco Bagnaia antes da primeira corrida da temporada da MotoGP.
“Não temos pressa em decidir quem será o parceiro de Bagnaia”
Sobre quem será o companheiro do bicampeão mundial na equipe de fábrica da Ducati no ano que vem, Grassilli irá acompanhar o desempenho dos pilotos durante o campeonato.
Além de uma eventual permanência de Enea Bastianini, outros postulantes à vaga são Jorge Martín e Marc Márquez, que defendem satélites da equipe como Pramac e Gresini, respectivamente.
“Agora decidimos desacelerar e ver como os eventos se desenvolvem na pista. Temos uma moto competitiva, a mais desejada do grid, e por isso não temos pressa em decidir quem será o segundo piloto oficial”, declarou o diretor.
“A escolha vai ser importante, tem que ser ponderada e é algo que exige tempo. Temos muitos pilotos entre os quais podemos decidir”, concluiu Grassilli..