Galid Osman teve um domingo impecável com o carro #99 patrocinado pela Shell no oval de Curvelo em prova da Nascar Brasil. Largou em terceiro, fechou o segmento inicial em segundo e foi o primeiro a receber a bandeira quadriculada sem ter sido atacado pela liderança em momento algum.
Mas sua primeira vitória no oval e na categoria será debatida nos tribunais, uma vez que o competidor teve um acréscimo de 7s ao seu tempo de prova por alegada queima de largada no início do segundo stint.
Ocorre que o então líder, Gabriel Casagrande, quebrou na saída do box e não realinhou sob bandeira amarela. Galid assumiu o posto e relargou normalmente. Alfredinho Ibiapina, que era terceiro no fim do segmento 1, também ficou por dentro em vez de emparelhar com Osman para a relargada. O piloto da RCM então levou até o final para receber a bandeirada antes da concorrência, mas não foi chamado ao degrau mais alto do pódio como consequência de incidentes alheios a suas atitudes na pista.

O time vai recorrer da punição em busca do direito do piloto Shell.
A corrida
Por força do regulamento, Galid largou em terceiro no grid apesar do segundo lugar na corrida classificatória. Em questão de uma volta ele passou Ibiapina e avançou ao segundo posto.
A bandeira amarela então foi acionada para resgate de um carro parado na pista.
A relargada veio na volta 8, com Galid por fora desafiando o líder Gabriel Casagrande. Ele não conseguiu passar, mas foi capaz de ficar à frente de Ibiapina, que tentava recuperar o segundo lugar.
Após metade do primeiro segmento, o #99 seguia pressionando o ponteiro, enquanto o pelotão com os cinco primeiros se distanciava do restante dos concorrentes na dianteira.
Depois de 25 voltas, Galid seguia comboiando Casagrande, com ibiapina já distante 1s, mais atarefado em defender o terceiro posto que em tentar colar no piloto Shell.
Na última volta do segmento, os ponteiros alcançaram um retardatário, enquanto em incidente paralelo outro apareceu rodado na reta oposta. Galid recebeu a bandeirada em segundo, atrás de Casagrande.
Então foi realizada a neutralização regulamentar, com os carros frequentando os pits para reabastecimento. Na saída do box o carro de Casagrande ficou parado.
Galid herdou o primeiro lugar e sustentou o topo do pelotão na relargada. Ibiapina optou por não vir ao seu lado no reinício da prova e era segundo, muito pressionado por Caca Bueno.
Eis que a direção de prova achou por bem anunciar 7s de punição ao piloto Shell por queima de largada. Restavam mais de 15 minutos para o final da prova.
Galid seguiu pisando fundo e tratou de abrir vantagem. Após mais 5 minutos de corrida, a margem já superava 1.886s sobre Ibiapina.
A corrida entrou nos cinco minutos finais com Galid liderando por 1.537s. Então veio mais uma bandeira amarela, com o cronômetro praticamente zerado. A prova foi para prorrogação, dentro da regra da Nascar de, em respeito aos fãs e patrocinadores, buscar sempre encerrar as corridas sob bandeira verde.
Desta vez houve a largada em fila dupla. Galid sustentou a liderança com categoria e recebeu a bandeirada em primeiro. Com os 7s adicionados em seu tempo de volta, o piloto Shell foi classificado em 13º.
O que ele disse:
“O carro funcionou muito bem e fiz meu máximo para colocar a Shell onde a marca merece. Todos viram que eu venci a corrida por mérito próprio e o time tomará as devidas providências para a justiça ser feita e o resultado de pista prevalecer”
Galid Osman
