Em 2 de julho de 2023, uma marca de 60 anos foi atingida na Nascar. Estreante na modalidade, Shane van Gisbergen foi vitorioso em sua primeira aparição no tradicional campeonato de stock-car dos Estados Unidos. O neozelandês venceu a chuvosa corrida de rua de Chicago do ano passado, na primeira vez em que a Nascar organizou uma prova nestas características.
A última vez que um piloto havia debutado com vitória na competição foi Johnny Rutherford em Daytona, em 1963.
Com a proximidade da segunda edição da etapa pelas ruas de Chicago neste domingo (7), o tricampeão do Supercars australiano recordou o feito, que representou um divisor de águas na carreira do automobilista de 35 anos.
A partir de 2024, Shane van Gisbergen passou a competir pela temporada integral da Nascar Xfinity Series, planejando o ingresso na Cup Series no ano que vem. Pela divisão inferior da Nascar, SVG já venceu duas corridas.
Shane van Gisbergen descreveu diferença dos carros da Nascar para o Supercars
Em entrevista para o Motorsport, Van Gisbergen admitiu não esperar ser o primeiro a receber a bandeirada em Chicago no ano passado.
“Ninguém pensou que sairíamos e venceríamos aquela corrida. Aquela sensação quando o rádio abre e o engenheiro ou chefe de equipe vem, gritando sobre o quão emocionante foi a vitória, e aquele pico de emoções de curto prazo que você tem, é difícil explicar, mas é uma sensação incrível”, festejou SVG.
A vitória foi tão inesperada que os locutores dos Estados Unidos se atrapalharam ao pronunciar seu sobrenome. Gisbergen recordou da dificuldade das voltas finais da prova, quando ultrapassou Justin Haley restando cinco para o final.
“Na volta de resfriamento, todo mundo estava chegando e batendo na traseira do carro ou na lateral do carro. Eles estavam todos fazendo sinal de positivo e coisas assim. Foi avassalador. Parar na reta da frente, todas as pessoas, foi tão inesperado”, declarou.
Por fim, SVG citou a diferença de guiar um carro da Nascar pelo lado esquerdo, ao contrário do Supercars da Austrália, que tem o volante na direita.
“Eu dirigi muito com volante à esquerda, então alternar entre eles não me incomoda muito. Era só a troca de marchas [que era diferente]. Eu nunca tinha trocado com um sequencial desse jeito. No carro de rali, ele tinha um câmbio, mas era uma caixa de câmbio de rali adequada, então você não precisava apertar a redução de marcha ou algo assim. O carro da Cup era um pouco específico nesse sentido”, finalizou.