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Fefo e Dudu Barrichello ficam a 0.028s do top10 dos 500 km após reconstrução do carro #111

Irmãos têm pouco tempo de pista após acidente e destacam trabalho dos mecânicos

Nesta sexta-feira Fernando e Dudu Barrichello disputaram a classificação para os 500 km da Porsche Cup, em Interlagos. A dupla passou por uma jornada de recuperação após acidente de Fefo na quinta-feira e com o carro entregue a poucos minutos da sessão que definiu o grid de largada. Fernando disputa seu terceiro final de semana de prova consecutivo após subir duas vezes no pódio da preliminar da Fórmula 1, na capital paulista, e competir as rodadas finais do campeonato espanhol da Fórmula 4.

“É uma coisa que faz parte do nosso esporte, sofri um acidente ontem. Foi uma infelicidade, mas imediatamente tive muita gratidão quando percebi que os danos para mim ali eram mínimos. O acidente foi muito forte e poderia ter acontecido uma coisa muito grande. Foi ver o que a gente podia melhorar, minha perna um pouco machucada ainda, fiz muito tratamento. É agradecer ao pessoal, fui lá dar um abraço em todo mundo da Porsche, que trabalhou a noite inteira e o dia inteiro hoje para botar esse carro na pista. Ele está inteiro, zero bala. Foi um trabalho impecável. A gente tava junto, assistindo, e realmente não tenho palavras para agradecer ao trabalho todo de todos ali dentro tentando colocar esse carro de volta na pista. Foi emocionante. Vou dar tudo o que tenho, não consegui treinar, mas acho que faz parte, e as dores também fazem parte. E agora é agradecer a papai do céu a oportunidade de poder estar bem”, disse Fefo Barrichello.

Dudu Barrichello que compete a temporada regular da Stock Car teve pouco contato com a máquina da Porsche devido ao acidente do irmão mais novo. A equipe de mecânicos da categoria passou a madrugada consertando o bólido que ficou pronto a menos de 30 minutos do início da sessão classificatória, aumentando ainda mais a dificuldade da dupla.

“Para mim foi muito difícil, porque eu já estava de capacete, pronto para andar, quando saiu a bandeira vermelha. Sei que bandeira vermelha não é legal para ninguém, mas pensei que daria para trocar de piloto com um pouco mais de calma. E os pilotos começaram a sair dos carros e vieram até mim, falando que os dois carros da Mahrte estavam lá e um deu PT, acabou no meio. Saí correndo, fui pro fundo do box, atrás da ambulância, falaram que ele ia estar lá no ambulatório. Tirei o capacete, fui correndo lá, encontrei ele e tá tudo certo, na medida do possível. Coitado, ele tá todo dolorido. Mas ele é muito guerreiro, vai tratar das dores dele quando acabar a corrida. Tive a oportunidade de, enquanto ele andava, de dar um abraço em todo mundo que montou o carro de volta, eles viraram a noite. Meninos e meninas da Porsche, a gente deve essa a vocês, tomara que a gente possa trazer um resultado positivo. Realmente foi um trabalho fenomenal. A gente conseguiu dar uma volta cada antes da classificação, eu não tinha sentado no carro ainda. Isso é melhor que muita coisa, essa única volta me ajudou de mais e acho que vai me ajudar a progredir na classificação. Tomara que amanhã a gente possa ter um resultado bom pela nossa família.”, disse Dudu Barrichello.

Sem ter realizado nenhuma sessão de treino nesta sexta-feira, os irmãos Barrichello foram para os 4.309 metros do traçado de Interlagos em busca de uma boa colocação no grid de largada. Fefo foi o primeiro a levar o Porsche #111 para a pista, o grid de largada seria definido pela média das voltas dos dois pilotos.

“A gente estava olhando a reconstrução desse carro. Muita gente me perguntou porque eu postei só as crianças abraçadas, até me deu aquela vontade de chorar, mas é de alívio. Ontem o Fefo teve uma infelicidade, acabou batendo forte, e eu estava saindo dos boxes. E foi uma coisa… eu desci do carro rápido, acho que cheguei em 20 segundos até ele, que estava agitado, falava de alguma coisa da perna, e tal. E a minha preocupação era que ontem, infelizmente, não tinham os bandeirinhas. Tinha muita gente vindo rápido e eu fui pro meio da pista sinalizar, porque poderia ser muito pior. Falei para ele não sair do carro. Foi uma pancada muito, muito forte, a gente tem muita gratidão, não só a Deus por deixar os meninos salvos, mas ao Dener e a toda a equipe da Porsche, que varou a noite. Então, a você, meu amigo que trabalhou nesse carro, que colocou o seu dedinho, muito obrigado. Cheguei a vir aqui à noite, fiquei acompanhando até meia-noite, mas voltei 6h da manhã e estavam os mesmos meninos trabalhando. Eles gostam muito de fazer isso. O Dudu foi lá, pegou o irmão no colo, saímos do ambulatório todos os três abraçados. Para mim esse é o melhor troféu”, disse Rubens Barrichello.

Na segunda parte da sessão Dudu Barrichello entrou em ação e passou a fazer suas voltas rápidas. Faltando 10 minutos para o término Fefo retornou ao traçado de 12 curvas da capital paulista para tentar melhorar a média de tempo da dupla. Após cinquenta minutos de sessão, a dupla que superou a dificuldade de realizar o quali sem ter realizado ao menos um treino nesta sexta-feira e garantiu do 11º lugar do grid de 35 carros.

A prova de 500 km da Porsche Cup, em Interlagos, acontece neste sábado, a partir das 14h40 com transmissão ao vivo pelo Youtube da categoria e flashes pela Band.

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