Amigos do Nas Pistas, foi um fim de semana de Glória, onde Dudu, Fefo e eu, juntos, pudemos vivenciar muitas coisas boas. Tudo bem, os problemas aconteceram, mas de uma forma para nos ensinar. O Fefo foi a prova viva dessa resiliência. A gente tem que falar até como uma oportunidade, não é? Ele veio para o box porque o sensor do pedal do acelerador tinha parado de funcionar.
E aí a pista estava secando, mas só ele poderia falar o quando que ela estava seca. E ele tinha que largar do box, muito atrás. Então, quando ele foi liberado para sair, ele já tinha um déficit de uns 10 segundos. E ele me perguntou se valia a pena largar de slicks. Falei pra ele que não sabia, mas que a experiência iria ensinar muito. Tanto é que a mãe dele olhou para mim e perguntou: “isso é doido?”. Sim, eu temo pelo meu filho, pelo perigo, pelas situações que podem acontecer com pneu slick na chuva. Mas é só assim que eu aprendi a poder um dia na Fórmula 1 ficar com pneu slick na chuva, sabe? Mostrando que é isso que ele gosta, que é isso que ele ama.
O aprendizado é assim, está sempre na nossa frente, né? Então, aconteceu que acabou chovendo mais e ele teve que parar no box para botar o pneu de chuva. Mas acredito que esse aprendizado deve ter somado demais na carreira dele.
Já o Dudu é teve um fim de semana em que ele passou para o Q2 pela primeira vez. E eu assisti ali de perto porque eu larguei cinco posições atrás, mas na corrida a gente estava a umas duas ou três posições de diferença. E eu o via fazendo ultrapassagens e não sabia se batia palmas ou se falava pra ele ir com cuidado… e eu tentando fazer o mesmo, não é?
E a minha corrida foi assim também, cheia de luta, consegui a décima colocação na primeira corrida na linha de chegada e então foi uma busca constante. Foi um fim de semana que eu poderia falar como resiliente de muita busca, muito aprendizado e muito agradecimento.