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Advogado da família de Schumacher revela porque estado de saúde do ex-piloto é mantido em sigilo 

O estado de saúde de Michael Schumacher é mantido em sigilo desde 2014, quando o ex-piloto foi transferido do hospital para sua casa

Schumacher, Fórmula 1
Reprodução/Youtube Fórmula 1

A família de Michael Schumacher optou por manter sigilo sobre o estado de saúde do ex-piloto, que sofreu um acidente em dezembro de 2013. Após o alemão passar cirurgias, coma e um período hospitalizado, pouco se soube sobre sua real condição.

Em junho de 2014, por exemplo, a assessora de Schumacher, Sabine Kehm, anunciou que havia acordado de um coma. Três meses depois, em setembro, o heptacampeão foi transferido do hospital para sua casa, devidamente adaptada para recebê-lo. Desde então, contudo, a família nunca mais emitiu boletins sobre a lenda da Ferrari.

Felix Damm, representante da família Schumacher como advogado em questões de mídia, explicou o motivo do ‘silêncio’. Em entrevista ao portal especializado Legal Tribune Online, Damm afirmou que a questão principal é proteger os assuntos particulares da família.

“Sempre se tratou de proteger assuntos particulares. Claro que tivemos discussões sobre como isso poderia acontecer. Então, também consideramos se um relatório final sobre o estado de saúde de Michael poderia ser a maneira correta de fazer isso. Mas isso não teria sido tudo e teria de haver ‘boletins instáveis’ constantemente atualizados”, explicou Damm. 

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Vale lembrar que há alguns anos, jornalistas  tentaram entrar disfarçados no hospital em Grenoble, onde Schumacher estava internado. Ademais, tabloides às vezes inventam histórias que se tornam manchetes. Damm comentou sobre isso:

“Fico impressionado com o quanto se divulga, mesmo não havendo informações confiáveis. E o quanto é possível tecer uma suposta história a partir de informações inexistentes. Como resultado, isso evoluiu a tal ponto que a mídia hoje simplesmente cria entrevistas geradas por inteligência artificial e as coloca na primeira página”, disse.

Alguns anos, uma revista do Funke Media Group publicou uma matéria com a manchete “Ele não está mais conosco” ao lado da foto de Schumacher.

“Isso criou a impressão de que Michael Schumacher havia morrido. A editora teve que pagar 100 mil euros por essa frase. Não conheço nenhum caso em que uma indenização monetária maior tenha sido paga pela publicação de uma frase. Mas também creio que a maioria dos fãs pode lidar com isso e respeitar o fato de que o acidente deu início a um processo em que proteção pessoal é necessária”, comentou o advogado.

Interesse pela situação do ex-piloto:

Felix Damm acha pouco provável que últimas informações sobre a saúde de Schumacher acabarão com o interesse da mídia.

“Eles sempre podem ler esses relatórios e perguntar: ‘E como ele está agora?’. Um, dois, três meses ou anos após o anúncio. Se quisermos tomar medidas contra essas reportagens, teremos que lidar com o argumento da autoexposição voluntária”, disse.

“Decidiu-se que as declarações na conferência de imprensa eram tão genéricas que não deveriam ser feitas especulações sobre o estado de saúde”, completou o advogado.

Danielle Barbosa

Escrito por Danielle Barbosa

Jornalista.

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