Danielle Barbosa
Na preparação para o GP de Miami, a FIA (Federação Internacional de Automobilismo) anunciou na quinta-feira (4) que o circuito terá mudanças. A organização promoveu reduções de 75 metros em duas das três zonas de DRS na pista. As alterações têm gerado dúvidas em relação à quantidade de ultrapassagens na corrida que será disputada neste domingo (7) e Fernando Alonso falou sobre o tema.
Em entrevista coletiva, o piloto da Aston Martin foi perguntado sobre a falta de ultrapassagens no GP do Azerbaijão e a relação com a mudança anunciada pela FIA. O espanhol, entretanto, minimizou a questão.
“Por sete anos, [Lewis] Hamilton e [Valtteri] Bottas foram o primeiro e o segundo. No passado, foram [Sebastian] Vettel e [Mark] Webber. Então, se você tem o carro mais rápido, você pode largar um pouco atrás e fazer manobras e ultrapassagens. Mas se você estiver em qualquer outro carro, não importa a posição de largada, você está mais ou menos seguro nesta posição”, disse Alonso.
“Não há muitas ultrapassagens após a volta 2 ou a volta 3. Mesmo aqui [GP de Miami], que podemos prever alguma chuva para domingo, [a tendência é não ver] muitas ultrapassagens. É a natureza da Fórmula 1, então não deve ser uma surpresa”, acrescentou.
Outras teorias de Alonso:
Em meio ao debate pela falta de ultrapassagens na Fórmula 1, Alonso voltou a ser questionado sobre o assunto. O bicampeão afirmou acreditar que o grid separado por diferenças pequenas e o superaquecimento dos pneus também dificultam as ultrapassagens.
“Estamos muito próximos em termos de desempenho. Se você tirar os carros da Red Bull, às vezes em seis décimos você está em terceiro a 16º no Q1 para entrar no Q2. Então, eventualmente, você termina a classificação na posição em que merecia. E em seguida, na corrida, como você ultrapassará um carro em que você é apenas meio décimo mais rápido? Moralmente, é a ordem natural, então acho que esse é o principal motivo”, avaliou.
“Também podem ser os pneus. Eles ainda ficam superaquecidos se você seguir um carro, então você precisa decidir sabiamente quando quer estar muito perto do carro que está à frente. Eles mudam [os pneus] a cada ano. Neste ano temos uma nova construção, então os pneus dianteiros estão muito mais robustos do que no ano passado, o que é uma boa notícia. Mas como eu disse, o superaquecimento é o mais importante”, completou Alonso.
