Cido Vieira
O final do GP de Melbourne foi agitado para Fernando Alonso. O espanhol acabou sendo penalizado pelos comissários de prova por um incidente na última volta envolvendo o piloto da Mercedes, George Russell, que abandonou a disputa. Depois do “pênalti” de 20 segundos e toda a polêmica sobre o caso, o chefe da Aston Martin, Mike Krack, se manifestou.
Por meio de comunicado, o mandatário seguiu a linha do piloto espanhol e disse não concordar com a decisão tomada pela FIA. A Aston Martin ainda tentou recorrer, mas não obteve sucesso no pleito.
Comunicado da Aston Martin
“Em primeiro lugar, no automobilismo, todos estão aliviados pelo fato de George estar bem e ter saído ileso após o acidente. Quero que você saiba que apoiamos totalmente Fernando. Ele é o piloto mais experiente da Fórmula 1. Ele disputou mais Grandes Prêmios do que qualquer outro piloto e tem mais de 20 anos de experiência. Ele é um campeão mundial em várias categorias”, disse Krack.
“Receber uma penalidade de tempo de 20 segundos, quando não houve contato com o carro seguinte, foi difícil de engolir, mas temos que aceitar a decisão. Apresentamos nosso melhor caso, mas, sem novas evidências, não podemos solicitar o direito de revisão. Fernando é um piloto fenomenal e estava usando todas as ferramentas de sua caixa de ferramentas para terminar à frente de George – assim como vimos no Brasil no ano passado com Sergio. Essa é a arte do automobilismo no mais alto nível. Ele nunca colocaria ninguém em perigo”.
Alonso perdeu posições no grid
Diante do incidente, a FIA classificou a direção de Alonso como “potencialmente perigosa” e sentenciou o espanhol a perder 20 segundos sobre o tempo final de corrida. Com isso, o bicampeão do mundo na principal categoria do automobilismo caiu do sexto para o oitavo lugar.
Questionado sobre a punição, Fernando Alonso disse ser injusta, definindo a atitude como algo normal de corrida, e que não um padrão a ser seguido rigorosamente em todas as voltas dos circuitos. O espanhol acabou sendo sentenciado após frear diversas vezes, enquanto era pressionado pelo britânico da Mercedes, que tentava recuperar o sexto lugar no grid da Austrália.
