A Ferrari faz uma temporada ruim e instável até o momento, após oito corridas disputadas em 2023. Charles Leclerc e Carlos Sainz têm sido duramente criticados pelo baixo desempenho. Para Gerhard Berger, entretanto, a culpa da fase da escuderia italiana não é dos pilotos.
Ao jornal italiano La Gazzetta Dello Sport, o Berger defendeu os pilotos da Ferrari. O ex-piloto austríaco admitiu, por exemplo, que Leclerc ainda comete alguns erros, mas destacou que o monegasco é “extremamente rápido”.
“Não acho que os pilotos sejam o verdadeiro problema para a Ferrari, assim como não eram em 2022. Não se trata do estilo de pilotagem deles. Leclerc e Sainz são extremamente fortes. Leclerc é extremamente rápido, mesmo que ainda cometa alguns erros, mas não é isso que importa”, avaliou Berger.
“A Ferrari venceu campeonatos mundiais mesmo quando não tinha o número um ao volante. Portanto, é melhor nos concentrarmos na reorganização da equipe”, acrescentou.
O ex-piloto também falou sobre a possiblidade de Lewis Hamilton se tornar piloto da Ferrari na próxima temporada ao lado Charles Leclerc. “A dupla Leclerc-Hamilton seria muito forte, mas então você precisa de um carro que possa lidar com isso”, afirmou.
Berger também defende chefe da Ferrari:
Além de Charles Leclerc e Carlos Sainz, o chefe de equipe da Ferrari, Frederic Vasseur, foi defendido por Gerhard Berger. Para o ex-piloto, o francês precisa estar cercado de bons profissionais, citando a Red Bull como exemplo.
“Vasseur é um chefe de equipe capaz e experiente, mas não pode fazer isso sozinho. Ele precisa de boas pessoas ao seu lado. Na Red Bull, por exemplo, há três deles: Christian Horner, Helmut Marko e Adrian Newey. Acho que uma combinação de Vasseur e Mattia Binotto funcionaria, porque o último é um engenheiro brilhante”, afirmou.
Ademais, por fim, Berger pediu tempo para que Vasseur consiga trabalhar. “Mudar com muita frequência é prejudicial. Lembro-me bem quando Luca di Montezemolo (ex-presidente da Ferrari) quis substituir Jean Todt porque vários anos se passaram sem vencer o campeonato mundial. Foi Michael Schumacher quem impediu isso. E essa equipe acabou sendo a mais bem-sucedida na história da Ferrari.”
“Da mesma forma, lembro-me de quando Dietrich Mateschitz quis substituir Christian Horner depois de quatro temporadas porque o time não estava ganhando. Mantê-lo era um dos pontos fortes da Red Bull. Alguns meses não são suficientes, Vasseur precisa de mais tempo”, completou.