Stefano Domenicali, CEO da Fórmula 1, defendeu o atual calendário da categoria com 24 corridas previstas ao longo da temporada. O italiano, inclusive, fez comparação com esportes como Futebol e basquete.
A atual temporada ganhou dois novos GPs em relação ao ano anterior. Aproveitando o crescimento da popularidade da categoria, a F1 tem em seu calendário três corridas nos Estados Unidos: Miami, Las Vegas e Texas. Domenicali diz que o aumento do calendário não preocupa.
“Não acredito que 24 GPs sejam um excesso. Veja outros esportes. Futebol e basquete são disputados em dias alternados. Eles entretêm seus fãs com muito mais intensidade. Em termos de quantidade, temos muito menos conteúdo para oferecer. Ainda assim, comparado a outros esportes, estamos indo muito bem e crescendo. Todos os envolvidos no nosso esporte, de qualquer maneira, deveriam estar felizes com a situação”, afirmou Domenicali à revista alemã Auto Motor und Sport.
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“Queremos manter o calendário em 24 GPs. Mas dizer que 24 é demais é errado. Demais de quê? Quando o esporte está tão bom quanto o momento, com muitos possíveis vencedores, os fãs mal podem esperar pela próxima corrida”. acrescentou.
O CEO da Fórmula 1 explicou que a proximidade entre os pilotos deixa o campeonato mais disputado e emocionante para os fãs da categoria. E é também nesse cenário que a F1 se apoia para defender o calendário com 24 corridas.
“Temos um grid mais equilibrado do que nunca. Estamos falando de diferenças de 0,078 ou 0,093 segundos. Isso é menos de um décimo em uma volta de mais de quatro ou cinco quilômetros. Distâncias como as que vemos em uma corrida de 100 metros. 24 corridas é um bom número. Cada um dos nossos eventos tem sua própria personalidade. O GP de Mônaco certamente não foi o mais emocionante da história, mas tivemos uma das melhores audiências de TV no mundo. Queremos manter um bom equilíbrio entre corridas antigas e novas. Embora haja muitos outros países que queiram ter um GP”, disse.
Ademais, por fim, Domenicali afirmou que a F1 precisa valorizar regiões dispostas a investir na categoria. O executivo admitiu o desejo de promover um rodízio entre alguns circuitos, começando pelos europeus.
“Estamos pensando em um sistema de rodízio entre alguns circuitos. É provável que comecemos com isso na Europa. Não queremos descartar ninguém, mas o fato é que não dependemos mais tanto dos nossos mercados centrais como antes. No passado, havia a Europa, o Brasil e alguns países isolados onde a Fórmula 1 era popular. Hoje, somos populares em todos os lugares. E se houver uma retração em algum lugar por motivos compreensíveis, temos que conviver com isso e investir onde vemos crescimento”, completou.