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Charles Leclerc relembra problemas na infância que marcaram sua trajetória automobilística

Piloto da Ferrari explicou como sempre foi muito exigente consigo mesmo, o que prejudicou sua confiança em certas situações

Charles Leclerc, GP de Las Vegas
X/Ferrari

O piloto Charles Leclerc revelou que querer ser o melhor na F1 e ganhar um título é o que o motiva a trabalhar mais, embora seja extremamente exigente consigo mesmo desde muito jovem.

No final da temporada passada, o piloto da Ferrari apareceu no On Purpose Podcast, em episódio que foi ao ar esta semana. Ele explicou o que o motiva e os sentimentos que acompanham cada vitória, e como nas manhãs difíceis ele usa a ideia de ser campeão mundial para se arrastar para os treinos.

“Só para ser o número um. Apenas a sensação da vitória. Ganhei algumas corridas na Fórmula 1, e a sensação que você tem quando consegue essa vitória é incrível. Porque você sabe que fez o melhor na pista, mas depende de muitas outras pessoas fazerem a coisa certa. É uma alegria incrível não só para você, mas para mais de 1.500 pessoas que estão de volta à fábrica em Maranello trabalhando para o programa de Fórmula 1′, disse.

“Todas as manhãs eu acordo e penso sobre isso. Cada dia fica um pouco mais difícil acordar e ir treinar, penso em um dia ganhar um campeonato mundial e na sensação que isso me dá. Então, sim, é isso que me motiva”, acrescentou.

Para cada erro cometido, porém, Leclerc sempre foi muito duro. A estrela da Ferrari já foi ouvida gritando consigo mesmo no rádio com raiva e descrença, principalmente depois de cair no Grande Prêmio da França de 2022.

Leclerc não esconde emoções

O fato é que Leclerc não tem medo de esconder suas emoções, boas e ruins, como ficou provado em Mônaco no último domingo, onde foi ouvido chorando depois de finalmente vencer sua corrida em casa. Mas o monegasco aprendeu a gerir as emoções e as expectativas, tendo admitido ter sido bastante linha dura consigo mesmo durante os primeiros estágios da sua carreira no automobilismo.

Ao fazer isso, ele prejudicou sua autoconfiança, algo que insiste que precisa ser elevado para superar todos os contratempos. “Fui extremamente duro comigo mesmo, o que agora acho que é um ponto forte, porque sou super honesto comigo mesmo. Não gosto de ser legal comigo mesmo sempre que cometo um erro. Sou muito duro e muito honesto”, explicou.

“Mas, ao mesmo tempo, acho que a reação disso é importante. A maneira como você reage aos erros que cometeu dentro do carro é onde você consegue transformar um erro em algo positivo, aprendendo com ele. Quando eu era mais jovem não tinha a reação certa, me rebaixava muito, isso também prejudicava minha autoconfiança. Agora é bem diferente, sei que cheguei a um certo nível porque trabalhei muito, claro, porque também existe uma parte do talento quando você é jovem. É super importante manter a autoconfiança alta nesses momentos difíceis, senão você pode perder um pouco o caminho”, concluiu.

Arthur Santos Eustachio

Escrito por Arthur Santos Eustachio

Meu nome é Arthur Santos Eustachio. Sou formado em Jornalismo pela Cásper Líbero.

Atuo como produtor de conteúdo para sites e mídias digitais. Escrevo notícias sobre esportes em geral - hoje principalmente na área de automobilismo: Fórmula 1, MotoGP e Nascar. Já trabalhei na 365Scores e como administrador de páginas esportivas.

Meus esportes favoritos são futebol, tênis, basquete e Fórmula 1. Minhas maiores referências são Cristiano Ronaldo, Novak Djokovic e Max Verstappen.

No mais, curto ler, ouvir música, assistir filmes e, claro, praticar esportes.

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