Arthur Santos Eustachio
Após as quatro corridas desde as férias de verão, a Ferrari fez avanços significativos no campeonato de construtores. A equipe ultrapassou a Aston Martin pelo terceiro lugar e reduziu a diferença para a Mercedes de 56 pontos para apenas 20.
Além disso, a impressionante vitória de Carlos Sainz em Singapura marcou a primeira vez que um piloto sem ser da Red Bull conquistou o primeiro lugar nesta temporada. Apesar da mudança de foco para o carro de 2024 no túnel de vento, a Ferrari permanece decidida em sua busca pela Mercedes sem comprometer seu compromisso com o programa da próxima temporada.
O chefe da equipe, Frederic Vasseur, enfatizou essa dupla abordagem ao falar sobre o ritmo de Carlos Sainz e Charles Leclerc. “Você não precisa adiar a luta, a luta é com a Mercedes hoje e temos que aceitá-la. É sempre a melhor forma de se preparar para o futuro, para a mentalidade da equipe, para que todos estejam na luta é fundamental. E vamos manter essa luta até o final da temporada”, disse.
Vasseur sublinhou este compromisso, pois se trata de um fator essencial para a melhoria contínua do desempenho. “É preciso um sacrifício porque acho que o desempenho vem daí também. É tarde demais para entrar no túnel de vento nesta temporada, mas o que pudermos fazer no carro atual nos ajudará no próximo ano”.
A Ferrari revelou um novo piso em Suzuka, marcando uma das últimas grandes atualizações do SF-23 à medida que o desenvolvimento passa do túnel de vento para a pista de corrida. Vasseur, no entanto, minimizou a importância do piso em comparação com a melhoria da degradação dos pneus que a equipa apresentou em Suzuka.
“O que você pode trazer para o carro é uma questão de potencial. O grau é outra história e não precisamos misturar tudo. Mas, com certeza, o potencial é sempre útil. E por menos de um décimo, estaríamos na primeira fila, e então é uma história diferente, você tem ar puro e assim por diante”, explicou.
Pequenos detalhes contam para a Ferrari
O chefe da equipe destacou a importância dos pequenos detalhes nas corridas de Fórmula 1 e o impacto nos resultados das provas, especialmente quando se compete com equipes rivais. “Às vezes pequenos detalhes fazem, no final da corrida, uma enorme diferença porque quando você está na luta você tem que copiar os outros. É uma história diferente”.
“Mas acho que será assim até o final da temporada. Com Sainz e Leclerc, fizemos uma boa prova; conseguimos a pole position em Monza por centésimos; na semana passada em Singapura por quinhentos, algo assim; no Japão perdemos a primeira fila por quinhentos, e será uma questão de centésimos para o resto do temporada”, concluiu.
