Não é novidade que a Mercedes tem se esforçado para ter um carro diferente em 2024. Assim, os alemães tem deixado cada vez mais claro que não conseguiram atingir as metas com o W14. Tal decisão possui sérios riscos, afinal, a equipe terá que reiniciar todo o seu conhecimento dos últimos dois anos. Entretanto, Toto Wolff acredita que não há futuro para o atual carro.
Curiosamente, em Interlagos, lugar onde o time alemão conquistou sua última vitória na F1 em 2022, ficou evidente a falta de ritmo do carro W14. Dessa forma, Hamilton até largou na terceira posição, mas teve que amargar uma oitava colocação. Após a prova, Wolff deixou claro que o desempenho no Brasil não prejudicou a confiança da equipe, mas mostrou qual a direção certa.
“Não, acho que mais confirmou que as medidas que tomamos são necessárias. Portanto, pelo menos sabemos que isso confirma que a trajetória de mudança fundamental está correta. No ano passado, saímos de um fim de semana em Interlagos, onde você está destruindo totalmente sua competição sábado e domingo, e foi tipo: estamos fazendo a coisa certa ao continuar com o chassi que temos?”, iniciou o chefe da Mercedes.
“Agora está bem claro. Isso é horrível para toda a equipe. E gostaria que pudéssemos começar a nova temporada e nos concentrar no novo carro”, acrescentou Toto Wolff.
Mercedes deve mudar completamente o carro para 2024
Os problemas no Brasil ficaram evidentes após a equipe considerar retirar seus carros para poder mudar a configuração. Mesmo com esse plano sendo descartado, Wolff destacou que a Mercedes não sabia o que precisava mudar para melhorar as coisas.
“Não sabíamos fundamentalmente onde teríamos mudado isso, porque há um problema muito maior. Pensamos nisso [partir do pitlane], mas quando pensamos em maximizar pontos, provavelmente foi certo começar assim”, comentou Toto Wolff.
Curiosamente, a equipe alemã acredita que descobriu o que deu errado com o seu atual carro. Desse modo, eles já chegaram a afirmar que foram conservadores. Já o carro do próximo ano provavelmente sofrerá ajustes para andar mais perto do solo, com o time mais confiante de que poderá evitar os problemas que pairam sobre o W14.
No entanto, o chefe da Mercedes comentou que nada está garantido sobre o que a equipe pode entregar em 2024.
“Durante 13 anos nunca me senti otimista ou confiante. Talvez seja mais um problema meu e do meu cérebro: o copo está sempre meio vazio. Mas o que sabemos é que estamos mudando completamente o carro e somos uma exceção em comparação com os últimos oito anos, onde estivemos na frente, sólidos e com estrutura e pessoas para atuar na frente. Este carro geralmente, o desenvolvimento deste carro, é mais gesso que colocamos em algo que não está certo”, finalizou Wolff.