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Chefe da Red Bull critica a Fórmula E: “É como ir a um show de rock sem volume”

Christian Horner diz que a categoria de carros elétricos não é tão emocionante quanto a Fórmula 1

Divulgação: X/Fórmula 1

Em entrevista ao Financial Times, o chefe da equipe Red Bull, Christian Horner, afirmou que, para uma corrida de automóveis ser atrativa, é imprescindível que haja o “ronco” do motor. O diretor relembrou como era especial ir ao autódromo e ouvir o barulho dos carros pela primeira vez, e como isso faz parte da atmosfera do automobilismo.

Horner comparou as corridas da Fórmula E a um show sem volume, o que seria uma grande perda de experiência para os fãs. Ele afirmou que é improvável que a Fórmula E consiga atingir um patamar mais alto sem esse componente importante para os amantes de corridas de carro. Confira as aspas de Horner para o Financial Times:

“As corridas sem motores de combustão perdem seu apelo. Ver carros elétricos correndo não é emocionante, seria como ir a um concerto de rock ou pop sem volume. É necessário ter um elemento de emoção e entretenimento e, ao mesmo tempo, é preciso continuar descobrindo novas tecnologias para aplicá-las junto ao combustível sustentável até 2026.”

Horner não acredita que os motores a combustão irão morrer e aposta na evolução das tecnologias como impulsionadoras de motores mais eficientes e menos poluentes:

“Acredito que os motores a combustão ainda não morreram e, se forem neutros em carbono, têm muito a contribuir no futuro. O som faz parte da energia da Fórmula 1, e todos os que vêm assistir a uma corrida ficam impressionados com a velocidade desses carros, e o som é uma grande parte disso.”

Mesmo com a chegada dos motores híbridos, Horner lembra que sempre que um carro com motores antigos, V8 ou V10, aparece nas pistas, todos os mecânicos param para ver. São detalhes que revelam a importância do ronco do motor para a experiência completa da Fórmula 1.

“Os motores V6 são mais silenciosos devido ao seu sistema de recuperação de energia, especialmente quando comparados com os V10 ou até mesmo os V8. Quando trazemos um ‘showcar’ com um desses motores, todos os mecânicos interrompem suas atividades para observar o carro. Pode-se acostumar com as mudanças no ronco do motor, mas se não houver som, não funciona. Para mim, a Fórmula E não é tão emocionante quanto a Fórmula 1”, finalizou Horner.

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Escrito por Ismar Junior

Redator desde 2016. Apaixonado por automobilismo, futebol e esportes americanos. Escrevo na Rock Content, Nas Pistas e Torcedores.com.

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