O Muro dos Campeões pode ser considerado um dos pontos mais icônicos da Fórmula 1. A parede ganhou este nome após o Grande do Canadá de 1999, realizado no circuito Gilles Villeneuve. Naquela prova, os campeões Damon Hill, Michael Schumacher e Jacques Villeneuve se acidentaram no local.
A mureta fica localizada na entrada da reta dos boxes, após uma chicane de baixa. Além dos campeões que tiveram suas provas interrompidas no local, outros pilotos também foram vítimas do temido muro.
O caos do GP de 1999 começou logo após a largada, quando Ricardo Zonta abandonou após se chocar contra a mureta. O brasileiro não chegou a ser campeão de Fórmula 1, mas ingressou na categoria com um título no mundial de Grand Turismo (GT).
Na sequência foi a vez de Damon Hill, que faturou o título em 1996 pela Williams. O piloto da Jordan perdeu a traseira do seu carro, se chocando contra a parede. Hill abandonou a prova no mesmo local que Ricardo Zonta.
As colisões e as confusões daquele grande prêmio ajudaram Michael Schumacher, que abriu distância dos seus rivais na liderança. No entanto, o alemão perdeu a direção de sua Ferrari na chicane final do Gilles Villeneuve, encerrando a sua participação no Muro dos Campeões na volta de número 30. Schummy contabilizava dois campeonatos mundiais naquele ano, 1994 e 1995.
O campeão de 1997 e filho de Gilles Villeneuve, Jacques, foi outra vítima da parede. O piloto estava na oitava posição, quando cometeu um erro fatal na volta de número 35. Mesmo com o apoio de sua torcida, Villeneuve acabou lamentando o abandono no local.
A prova foi marcada por três entradas de safety-car, o que trouxe um maior equilíbrio para os pilotos que estavam na pista. Mika Hakkinen, que defendia o seu título e conquistaria o bicampeonato em 1999, cruzou a linha de chegada em primeiro, atrás do carro de segurança. Completaram o pódio Giancarlo Fisichella e Eddie Irvine.