Rafael Pimenta Vieira
Existem alguns grandes campeões da F1 que, após ter sucesso, decidem se aposentar. No entanto, após uma pequena pausa, voltam a competir na categoria. Esse é o caso, por exemplo, de Michael Schumacher, que se aposentou em 2006, mas voltou para a Mercedes em 2010. Contudo, além de um pódio, o alemão não conseguiu bons resultados. Isso, inclusive, é o que diferencia Alonso de Schumacher, segundo o ex-automobilista David Coulthard.
Além do alemão, também podemos lembrar de Kimi Raikkonen. Assim, o homem de gelo finlandês também sentiu que precisava de algumas mudanças, virando as costas para a Ferrari e se arriscando no rali. No entanto, alguns anos depois ele voltou para a categoria, dirigindo pela Lotus e depois pela Ferrari. Diferentemente do heptacampeão mundial, Raikkonen conseguiu subir no degrau mais alto do pódio em uma ocasião.
Isso nos leva a Fernando Alonso. É claro que o piloto espanhol ainda não ganhou após seu regresso, mas ele também não está na equipe mais competitiva da Fórmula 1. Mesmo assim, ele conseguiu somar seis pódios em 2023 e um 3º lugar pela Alpine em 2021. Desse modo, para Coulthard, o bicampeão mundial é o melhor dos três quando se trata de ritmo de corrida. O escocês, inclusive, tenta explicar essa diferença.
“Quando Alonso se aposentou da Fórmula 1, ele foi direto para a IndyCar, depois fez o Dakar e tem uma pista na Espanha onde testa karts. Competindo constantemente, tudo ficava em sua cabeça. Se você deixar aquele velho levar a melhor sobre você, você perderá, mas se você lutar contra ele, o espírito jovem permanecerá enquanto a natureza permitir”, falou Coulthard.
Coulthard acredita que a atividade ininterrupta faz a diferença
O ex-piloto escocês ainda explicou o motivo de Michael Schumacher não ter conseguido se destacar na sua volta.
“Michael parou de correr, ele parou de correr. Ele se divertiu muito na moto, mas depois sofreu um acidente e voltou para a F1 três anos após sua aposentadoria. Ele ainda podia fazer coisas excelentes, ainda era um piloto incrivelmente bom, mas não era tão bom quanto antes dos 40 anos. Então, o que fez a diferença foi a atividade ininterrupta, como vimos no caso do Kimi, que foi para o rali depois da F1”, finalizou David Coulthard.
