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Dono da Haas explica saída de Guenther Steiner e mira pódio nas corridas de Fórmula 1

Guenther Steiner não é mais chefe da equipe de F1 da Haas
Guenther Steiner não é mais chefe da equipe de F1 da Haas (foto: divulgação/Haas)

A Haas surpreendeu e, nesta quarta (10), oficializou a saída do agora ex-chefe Guenther Steiner após vários anos de parceria na Fórmula 1 (F1). De acordo com o proprietário da equipe, Gene Haas, a decisão ocorreu por motivos técnicos. 

“Tudo se resume ao desempenho. Estávamos no nosso oitavo ano. São mais de 160 provas. Nunca tivemos um pódio. Nos últimos anos, ficamos em último ou penúltimo”, iniciou o investidor, em entrevista concedida ao site oficial da categoria. 

“Não estou sentado aqui dizendo que a culpa é exclusivamente dele, ou algo assim, mas parece que este foi o momento apropriado para fazer mudanças e tentar algo diferente, porque continuar nas mesmas tentativas parece que não ia funcionar”, acrescentou. 

Os números mais atuais sustentam a avaliação do empresário. A Haas foi a última colocada em duas das três edições mais recentes do campeonato de construtores da F1. Não fez nenhum ponto em 2021. 

Apesar disso, a escuderia obteve bons resultados sob o comando de Guenther Steiner. Por exemplo, em 2018, marcou 93 pontos e ficou em 5° lugar. 

“Eu gosto dele. Guenther é uma pessoa legal, mas tivemos um ano difícil e eu realmente não compreendo”, reconheceu Gene Haas.  

“Essas são boas perguntas para se fazer a ele: o que deu errado? No fim das contas, trata-se de desempenho. Não quero mais ficar em último”, cobrou. 

Haas define novo chefe para a temporada 2024 

Ayao Komatsu, 47 anos, foi escolhido substituir Guenther Steiner, no cargo de chefe da equipe.  

De acordo com o proprietário da Haas, a escolha se deve à experiência acumulada pelo profissional na F1. 

“Ele está na equipe desde o primeiro dia, conhece todos os detalhes. Minha maior preocupação é que quando formos ao Bahrein, precisamos chegar com um carro pronto para ir”, declarou.  

“Talvez tendo uma abordagem mais gerencial e de engenharia, veremos se isso traz benefícios”, falou Gene Haas, que também comparou os perfis de Steiner e Komatsu.

“Acho que Guenther tinha uma abordagem mais humana em tudo com as pessoas e na maneira como ele interagia. Ele era muito bom nisso. Ayao é muito técnico, olha as coisas com base em estatísticas”, admitiu. 

“Nós realmente precisamos de algo diferente porque não estávamos indo muito bem. Como eu disse, tudo se resume a oito anos, o último. Não há mais nada que eu possa dizer sobre isso”, reforçou.

Mercado oferecia profissionais com experiência na F1 

Gene Haas tinha, pelo menos, mais três opções no mercado da F1. Mattia Binotto deixou a Ferrari em 2022. No mesmo ano, Jost Capito saiu da Williams. Além deles, há Otmaz Szafanauer que saiu da Alpine no ano passado. 

“Eu dirijo a empresa há mais de 40 anos. Pessoas que vêm de fora, normalmente, precisam de seis meses a um ano de adaptação”, explicou.  

“É melhor levar pessoas que você conhece e, mesmo que não sejam a opção perfeita, pelo menos você sabe o que vai conseguir. Isso realmente funcionou muito bem para nós”, disse o empresário. 

“Então estou realmente aplicando muitos dos blocos de construção que estavam aqui na equipe de F1. Gosto muito de ter pessoas que conheço, entendem o dia a dia e as pessoas, ao invés de trazer um estranho que vai agitar tudo e criar uma bagunça”, finalizou Gene Haas. 

Escrito por Octávio Almeida Jr

Jornalista formado pela Universidade da Amazônia (UNAMA), 29 anos. Repórter de campo pela Rádio Unama FM e do site NasPistas.com.

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