Eddie Jordan, o ex-proprietário da Jordan Grand Prix, ofereceu um contrato para Ayrton Senna no início dos anos 90. O objetivo do irlandês era contar com o trabalho do brasileiro, que atuaria como piloto e como co-proprietário no time, tendo direito a 50% da equipe.
Ayrton Senna vivia um momento conturbado na McLaren no início dos anos de 1990. Naquela época, a equipe foi superada pela Williams, que conquistou o título mundial com Nigel Mansell, em 1992, a bordo do tecnológico FW14. No ano seguinte, foi Alain Prost que se sagrou tetracampeão com o controle de tração e suspensão ativa.
Neste cenário, o brasileiro se ofereceu para correr de graça no time de Grove, porém não teve sucesso em sua investida. Dentro da equipe de Ron Dennis, Senna optou por um contrato que era renovado a cada corrida no ano de 1993. Em meio a um futuro incerto, Jordan ofereceu um contrato a Ayrton.
“Acredite ou não, mas eu ofereci a ele 50% da equipe, de graça, para vir pilotar pela Jordan, mas ele teria de ficar como dono, porque eu acreditava que com Senna na equipe, o valor real do time seria mais do que dobrado. Então, em outras palavras, a metade que eu estava ‘perdendo’, entregando a propriedade para ele, acabaria sendo um ótimo movimento”, iniciou o ex-patrão de Rubens Barrichello.
“Primeiro, eu coloco um cara como Senna no meu carro, e como sócio da equipe, com isso o reconhecimento da equipe, a renda de patrocínio se multiplicaria por uma quantia incrível”, completou.
Senna e Williams
Sem uma vaga na Jordan, que era considerada uma equipe pequena, Ayrton Senna fechou com a Williams, tendo ao seu lado Damon Hill como companheiro na temporada de 1994. A bordo do time de Grove, Senna abandonou nas duas primeiras corridas e faleceu no Grande Prêmio de Ímola, no dia primeiro de maio.
“Agora eu não estou dizendo que ele teria feito isso. Que teria fechado o negócio comigo, mas estávamos muito adiantados nas negociações sobre o que ele queria fazer. Ele queria ter uma equipe e eu estava dando a ele essa oportunidade”, finalizou Jordan.