Danielle Barbosa
Esteban Ocon surgiu como uma das principais promessas do automobilismo, principalmente após vencer a Fórmula 3 Europeia em 2014. Na ocasião, o francês superou ninguém menos que Max Verstappen para ficar com o título. Talvez por isso, o domínio do holandês na Fórmula 1 seja especialmente doloroso para o piloto da Alpine.
Ocon, Verstappen e Charles Leclerc foram rivais desde os tempos do kart, mas do trio apenas o francês ainda não conseguiu ter sucesso na Fórmula 1. Enquando Verstappen se sagrou tricampeão mundial, Leclerc vai para sua sexta temporada pela Ferrari. Nesse ínterim, Esteban Ocon passou por Manor, Force India, Racing Point, Renault e agora Alpine – ou seja, nunca teve condições de brigar por coisas maiores.
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O francês soma apenas uma vitória ao longo de toda sua tragetória na Fórmula 1 – no GP da Hungria de 2021. Charles Leclerc, por sua vez, tem cinco vitórias e foi vice-campeão em 2022. Verstappen dispensa comentários, mas já atingiu a marca de 54 vitórias. Hoje com 27 anos de idade, Ocon admite que gostaria de ter a oportunidade de enfrentar o ex-rival com mais frequência.
“É doloroso, com certeza. Mas ainda estou trabalhando como se estivéssemos lutando por vitórias e pódios todos os fins de semana. Você precisa reajustar a meta e minha meta era conseguir tirar o melhor do carro a cada semana”, disse Ocon em entrevista ao site RacingNews365.
“Acredito que, se trabalhar duro e bem na pista, minha hora vai chegar. Um dia, terei um carro com que possa brigar pelo campeonato e por vitórias. Estou ansioso por isso”, acrescentou.
Embora decepcionado com a falta de oportunidade de competir com Verstappen e até mesmo Leclerc, Ocon exalta o feito conquistado por eles. “Tenho crescido com esses caras que estão liderando o tempo todo; Charles e Max. Eu sei do que sou capaz.”
“Na verdade, nunca pensei que todos chegaríamos à Fórmula 1 e é provavelmente por isso que tivemos sucesso. Porque se você começar a se ver lá em cima, não é uma coisa boa nos karts. Construímos uma geração super forte e é bom ver que estamos todos aqui”, disse.
“Quando olho para todas as categorias, quantos pilotos são profissionais e tiveram sucesso? É uma loucura e já corri contra eles no kart. Foi um campo de geração muito forte e tenho orgulho de ter feito parte disso”, completou o francês.
