Renato Roschel
Após assinar contrato, francês optou por mudar de ideia no decorrer da temporada
Depois de fazer sua estreia pela Tyrrell, em 1989, Jean Alesi ganhou o status de grande talento da Fórmula 1 no ano seguinte. O francês disputou a liderança do Grande Prêmio dos Estados Unidos com Ayrton Senna e repetiu o feito em Mônaco, conquistando a segunda posição nas duas corridas.
O alto rendimento chamou a atenção da Williams, que o escolheu como segunda opção para 1991. Naquela época, o time de Grove tinha Ayrton Senna como alvo, porém o brasileiro indicava que permaneceria na McLaren em razão dos motores Honda.
Discussão entre o piloto e a Williams
Com um pré-contrato assinado, o francês esperou um anúncio oficial por parte da Williams, o que não aconteceu. No mercado em busca de oportunidades, Alesi também foi abordado pela Ferrari, que procurava um substituto para Nigel Mansell. Em meio a um cenário de incertezas, o francês também chegou a um pré-acordo com os italianos.
Insatisfeito, Alesi procurou Frank Williams para apresentar o seu contrato com a Ferrari, o que gerou uma grande discussão entre as partes. Sem concordar com a situação, o dono da Williams disse que buscaria a Justiça e o piloto garantiu que jamais correria pela equipe de Grove.
Os britânicos mantiveram o foco na contratação de Ayrton Senna, que utilizou o desejo da Williams para conseguir um contrato mais vantajoso com a McLaren. Sem a presença do brasileiro, Frank abordou Nigel Mansell, que conquistou o título para a equipe em 1992.
Indenizações
A Tyrrell liberou Jean Alesi antes do término do seu contrato e a Williams também tinha um acordo com o piloto, desta forma, as duas equipes precisariam ser indenizadas pela Ferrari.
Os italianos pagaram uma multa ao time de Ken Tyrrell e chegaram a um acordo inusitado com a Williams, que sugeriu ser compensada comum carro de Fórmula 1. O bólido em questão foi a Ferrari pilotada por Alain Prost, na temporada de 1990.
Ferrari x Williams
Jean Alesi entrou para a Ferrari em um período decadente, onde permaneceu entre os anos de 1991 e 1995. Famoso pelo seu estilo arrojado, o piloto foi idolatrado pelos tifosi, porém só conquistou uma única vitória na equipe e na categoria, no Grande Prêmio do Canadá de 1995.
Do outro lado, a Williams estava em grande ascensão. Depois de garantir o vice-campeonato em 1991, a equipe apresentou o carro mais tecnológico da história da Fórmula, o FW14B. Com o bólido, Nigel Mansell venceu em 9 das 16 corridas de 1992.
