Nas Pistas
Equipe conquistou um pódio e sonhava com o apogeu da Porsche na categoria
Considerado uma das figuras mais pitorescas da história da Fórmula 1, o belga, Jean-Pierre Van Rossem, enriqueceu através da Moneytron, um sistema que se utilizava de algoritmos de computador para analisar o mercado financeiro. Com grandes lucros, o empresário optou por investir no automobilismo.
Tudo começou quando Van Rossen depositou as suas fichas em Bertrand Gachot, então na Fórmula 3000. Além de contribuir no acesso do jovem piloto à F-1, o belga também se tornou patrocinador da Onyx Grand Prix, equipe comandada por Mike Earle, Greg Field e Paul Shakespeare.
Apogeu e decadência
Logo, Jean-Pierre Van Rossem assumiu o lugar de Paul Shakespeare e contribuiu para o crescimento da Onyx, que faturou o pódio com Stefan Johansson no Grande Prêmio de Portugal de 1989.
Um dos seus planos era garantir o ingresso da Porsche na categoria, porém o desejo do mecena não foi realizado devido a um processo na justiça. Jean-Pierre Van Rossem foi acusado de fraude fiscal.
Em dívidas com o fisco, o belga vendeu a sua coleção de automóveis, o seu jato particular e a própria equipe, que foi comprada por Peter Monteverdi. A Onyx ainda teve uma pequena sobrevida, deixando o circo da Fórmula 1 no final da temporada de 1990.
Fugindo da polícia
Para se manter em liberdade, Jean-Pierre fundou um partido político intitulado ROSSEM, que significava “Reformistas, radicais e lutadores sociais por uma sociedade mais justa”. Além de ter conquistado 3% do eleitorado da Bélgica, o grupo ganhou três cadeiras no parlamento, uma delas, com o próprio Van Rossem. No entanto, a política não impediu que o empresário fosse preso após o seu mandato.
Depois de cumprir a sua pena, Jean-Pierre se dedicou a filosofia, tendo como foco em seu trabalho palestras motivacionais. Controverso, o belga defendeu a República durante a coroação do Rei Alberto II, da Bélgica, no ano de 1993. O o empresário faleceu em dificuldades financeiras, no ano de 2018.
