No treino oficial para a definição do grid de largada do GP de Mônaco no último sábado (27), Fernando Alonso fez uma brihante volta no encerramento do Q3, levando os mecânicos da Aston Martin ao delírio. Mas quando parecia que o espanhol arremataria a pole nas ruas de Monte Carlo, Max Verstappen conseguiu um tempo ainda melhor pela Red Bull, liderando a primeira fila.
Dessa forma, o holandês venceria o GP de Mônaco de domingo (28) de ponta a ponta, com Fernando Alonso em segundo, quase 28 segundos atrás do atual líder da temporada. Aliás, foi a melhor colocação do bicampeão mundial numa corrida de Fórmula 1 desde 2014, há 135 largadas. Ou seja, há quase 10 anos, o espanhol não conseguia uma segunda colocação na principal categoria do automobilismo mundial.
Fernando Alonso arriscou com tática diferenciada
A estratégia da equipe de Fernando Alonso foi começar a corrida com pneus duros, uma tática rara para quem larga nas primeiras posições, enquanto Verstappen apresentou médios. Então, a intenção da Aston Martin foi uma tentativa de ultrapassagem ao líder nos pit stops. Mas a chuva fez com que Alonso parasse antes de Verstappen, com o asturiano voltando com pneus médios, quando a pista já estava molhada.
Assim, o espanhol justificou o motivo pelo qual iniciou com os pneus duros em sua Aston Martin. Com humildade, Fernando Alonso reconheceu a superioridade da Red Bull de Max Verstappen. “Acho que não tínhamos chance, para ser sincero”, admitiu.
Desse modo, o bicampeão da Fórmula 1 em 2005 e 2006 considerou a estratégia corajosa. “Sabíamos que havia alguma desvantagem. Poderíamos terminar talvez em quinto, sexto, fora do pódio. Então, fomos para o tudo ou nada”, afirmou Fernando Alonso.
Por fim, o veterano piloto de 41 anos considerou que não tinha como superar Max Verstappen em Monte Carlo, pontuando que os pneus médios da Red Bull tiveram um desempenho surpreendente. “Esperávamos uma granulação ou desgaste maior, e Max conseguiu 50 voltas num ritmo incrível. Foi por isso que ele venceu a corrida. Não pela estratégia, mas porque ele foi mais rápido do que nós”, concluiu.