A partir do ano que vem, a Federação Internacional de Automobilismo (FIA) deverá reforçar o procedimento do direito de revisão das equipes depois das corridas de Fórmula 1. De acordo com o portal Motorsport, o período será reduzido de 14 dias para quatro, ou seja, 96 horas. Em outras circunstâncias, o limite pode ser ampliado para 120 horas.
O site ainda acrescenta que uma taxa de 6 mil euros (cerca de R$ 31,5 mil, na cotação atual) para as revisões será introduzida pela FIA. Atualmente, nenhuma despesa é necessária para os recursos.
A mudança no regulamento passou a ser discutida depois do pedido da Haas, rejeitado pela entidade, em virtude de infrações contra os limites de pista cometidos no GP dos Estados Unidos de Fórmula 1.
Dessa forma, a medida da FIA visa que as equipes repensem as atitudes antes de solicitar a revisão. Além da Haas, ocorreram pedidos também por parte da Aston Martin na Arábia Saudita, da Ferrari na etapa da Austrália e pela McLaren no GP da Áustria.
FIA aplicaria a nova regra não apenas na Fórmula 1
A intenção da Federação é implementar a mudança não apenas na Fórmula 1, mas em todas as competições regulamentadas pela entidade. Anteriormente, não havia limite de tempo para os pedidos, com os 14 dias sendo definidos depois. Neste período, a Haas conseguiu reunir os documentos para realizar sua solicitação.
“O problema do sistema atual é que o aviso de intenção de recurso pode suspender a pena. Assim, um piloto poderia receber uma penalidade de grid e vê-la negada por meio de uma notificação de intenção de recorrer. A equipe poderia então desistir do processo de apelação, tendo corrido da posição original do grid“, informou o Motorsport.
Por fim, mesmo com a retirada da notificação, o recurso seria encaminhado ao Tribunal Internacional de Apelação. Dessa forma, a equipe poderá ser penalizada caso se chegue à conclusão de que obteve vantagem no processo.