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Fim de semana em Zandvoort virou a chave na Ferrari e abriu as portas para chegada de Hamilton 

Contratação de Lewis Hamilton faz parte da ‘Operação Relançamento’, que tem como objetivo recolocar a Ferrari no topo da Fórmula 1.

Frederic Vasseur, chefe da Ferrari
X.com/Ferrari

A confirmação de que Lewis Hamilton será piloto da Ferrari a partir de 2025 segue sendo assunto na imprensa especializada em Fórmula 1. O heptacampeão deixará a Mercedes após mais de uma década de parceria, seis títulos mundiais e inúmeros recordes na carreira. Outro fato que chama atenção é que o britânico tinha contrato até o fim de 2025, mas acionou uma cláusula para conseguir a liberação.

E se o mundo ainda tenta entender a dimensão da mudança de Hamilton, os próprios membros da Ferrari também. A contratação de Hamilton faz parte do que a alta administração da equipe de Maranello rotulou abertamente como ‘Operação Relançamento’. Trata-se de uma visão estratégica de longo prazo destinada a levar o Cavallino Rampante de volta ao topo da Fórmula 1.

Para Charles Leclerc, entretanto, a mudança de mentalidade da Ferrari começou muito antes do anúncio de Hamilton. O futuro companheiro do piloto britânico acredita que tudo aconteceu após uma sessão de treinos discreta em Zandvoort, da Holanda, no ano passado.

Foi em Zandvoort que a Ferrari decidiu fazer algo diferente após uma primeira metade desafiadora da temporada. Naquele momento, Leclerc e Carlos Sainz ainda tinham dificuldades para encontrar respostas sobre a falta de ritmo de corrida do SF-23. 

E ao invés de se concentrar na preparação dos pneus para o fim de semana do GP da Holanda, a Ferrari dividiu completamente as configurações entre Leclerc e Sainz. A equipe passou o dia inteiro focando na compreensão do carro, fazendo avaliação do impacto de diferentes níveis de downforce e também configurações mecânicas.

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O trabalho deu resultado na segunda metade da temporada,  que teve a pole position no Grande Prêmio da Itália e a vitória de Sainz em Singapura. Para Leclerc, esse foi mais um momento definidor para a ‘Operação Relançamento’ do que a confirmação de Hamilton.

“Eu tenho essa sensação desde seis meses atrás. Há seis meses, desde que começamos a segunda parte da temporada, houve uma motivação muito grande de toda a equipe”, “, disse ele ao Motorsport.com.

“Lembro-me muito claramente do momento: tivemos nossos testes específicos em Zandvoort, nos treinos livres. Voltamos de Zandvoort e todos nos sentamos e tínhamos resultados muito claros diante de nossos olhos. E acho que isso deu uma motivação enorme à equipe, porque pensamos, ‘ok, agora entendemos quais são os pontos fracos do carro, onde precisamos trabalhar e em que direção precisamos seguir.”

“A partir desse momento, todos estiveram completamente a bordo com as direções que estávamos tomando. Tudo fez sentido. E vimos depois de três ou quatro corridas, trouxemos o novo assoalho no Japão, e imediatamente foi um passo à frente, em termos de sensibilidade ao vento, mas também em termos da frente”, avaliou o monegasco.

“Falo frequentemente sobre querer uma frente forte, e isso também foi um avanço. E realmente espero que este carro de 2024 possa dar continuidade ao impulso que tivemos desde a segunda parte do ano passado. Não acho que seja um novo otimismo agora. Acho que já começou há seis meses. Mas é bom ver. E é emocionante para o futuro.”

Danielle Barbosa

Escrito por Danielle Barbosa

Jornalista.

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