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Gary Anderson analisa novo modelo da Mercedes e destaca asa dianteira

Experiente comentarista e projetista repercutiu lançamento do carro que será usado pela Mercedes na despedida de Lewis Hamilton

Mercedes
Divulgação/Mercedes

A Mercedes lançou nesta quarta-feira (14) o seu carro para a temporada 2024 da Fórmula 1. A escuderia alemã utilizará o W15, que marcará o último ano de Lewis Hamilton pela equipe. Em sua coluna no site The-Race, Gary Anderson fez o seguinte questionamento.

“Depois de dois anos de fracasso em seus próprios padrões elevados, será 2024 o ano em que a Mercedes dará a volta por cima e retornará às vitórias dos regulamentos anteriores ao efeito solo?”, perguntou o comentarista. Aos 72 anos, o projetista trabalhou em equipes como Brabham, McLaren, Jordan e Stewart.

Gary Anderson destacou a volta de James Allison como diretor técnico, mas resumiu os problemas da equipe na última temporada. “Do meu ponto de vista, a Mercedes teve dificuldades porque priorizou o downforce máximo em vez do downforce que é realmente utilizável pelo piloto – todos os carros de corrida precisam ser amigáveis ​​ao motorista”, observou.

Sobre as características do projeto do carro, o comentarista ressaltou o desconforto no cockpit de Hamilton, que recebeu alterações no novo modelo. “A Mercedes mudou a posição do assento do motorista para trás, provavelmente algo entre 5-10 centímetros. Hamilton não gostou de onde estava sentado no ano passado porque não conseguia sentir o nível de aderência do eixo traseiro”, analisou Anderson.

Além disso, o projetista avaliou as diferenças da asa dianteira do W15. “O objetivo será obter um fluxo de ar mais limpo para a frente do chassi”, comentou. “A extremidade interna do conjunto do flap é mais ‘arrebatada’ e a Mercedes removeu os degraus dos perfis à medida que vão para fora”.

“Mercedes quer que Hamilton se arrependa da decisão de ir para a Ferrari”

Anderson considerou positivo a ponta dianteira do carro, o “nariz”, ser mais curto por permitir mais fluxo. Sobre os sidepods, apontou as soluções como interessantes. “Melhorará as características de downforce e a consistência entre baixa e alta velocidade”, escreveu, acrescentando que a maior mudança da Mercedes ocorreu na suspensão traseira.

O comentarista concluiu que o carro deverá ser melhor que o de 2023. “Pelo que vejo, a estrutura de fluxo de ar superior será mais complementar à estrutura de fluxo de ar inferior do que tem sido nos últimos anos. A Mercedes se esforçará para garantir que seu desempenho faça Lewis Hamilton se arrepender do dia em que colocou a caneta no papel na Ferrari”, finalizou.

Gary Anderson também avaliou o novo carro da Ferrari para a próxima temporada da Fórmula 1, que começa no GP do Bahrein entre 29 de fevereiro e 2 de março.

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Escrito por Marco Andrews Felgueiras Maciel

Jornalista formado pela PUCRS em 2007 e pós-graduado em Imprensa Esportiva e Assessoria de Comunicação pela Universidade Castelo Branco. Atuei na web-rádio Voz do Futebol e escrevo para o Torcedores.com desde 2022, além de colaborar para o site Nas Pistas a partir de 2023. Também edito o SAMBARIO, voltado para carnaval e sambas-enredo, desde 2004. No canal do YouTube do portal (@sambariosite), entrevistamos mais de uma centena de personalidades do samba e do carnaval nos tempos da pandemia. Ainda fui redator e assessor de imprensa da ALAP (Associação Latino-Americana de Publicidade).

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