A Haas entrou para a Fórmula 1 como equipe privada em 2016, com um investimento milionário do engenheiro e proprietário da escuderia, Gene Haas. Apesar da lanterna entre equipes em 2023, o empresário não pretende se desfazer do negócio.
O empresário usou seu próprio capital ao longo destes últimos sete anos na marca, mas não teve o retorno esperado em termos de resultados. Sem empolgar, a Haas terminou a temporada 2023 da F1 na última colocação do Campeonato de Construtores.
Venda negada
Diante do cenário negativo, a demissão do chefe da equipe, Guenther Steiner, nesta semana, levantou rumores de que Gene Haas busca uma saída para vender sua equipe.
Segundo o portal Speedcafe.com, o empresário norte-americano, Michael Andretti, é o interessado na escuderia. De acordo com a informação, Andretti vem tentando nos últimos dois anos encontrar uma maneira de entrar na F1 e essa poderia ser a sua oportunidade.
Porém, conforme a informação do portal, Haas revelou que não tem a intenção de vender a sua equipe de Fórmula 1.
“Não entrei na F1 para vender”, disse Haas. “Fiz isso porque queria correr. Guenther tinha a mesma perspectiva”, prosseguiu.
Além disso, inteirou o desejo de ver sua equipe se tornar competitiva no grid e enfatizou que todas as escuderias enfrentam altos e baixos na Fórmula 1.
“Não estamos aqui para lucrar. Queremos correr e ser competitivos. Se você olhar para qualquer equipe, historicamente, eles tiveram muitos anos bons e muitos anos ruins”, comparou.
“Sobreviver é uma das características de melhorar. Enquanto você puder sobreviver, você sempre terá mais um ano para provar seu merecimento”, concluiu sobre o mau momento da Haas nos circuitos.
Haas abre o jogo sobre demissão de Guenther
Por fim, Gene destacou as razões que o fizeram demitir Steiner da função de chefe de equipe da Haas na F1. Um dos prováveis motivos foi a eficiência do gasto, que ficou abaixo do limite orçamentário estabelecido pelo engenheiro.
“Há uma percepção de que gastamos muito menos dinheiro. Geralmente estamos a US$ 10 milhões do limite orçamentário”, revelou.
“Só acho que não fazemos um bom trabalho de gastar esse dinheiro. Muitas equipes já tiveram investimentos anteriores em infraestrutura, prédios, equipamentos e pessoal”, sentenciou.
“Nosso modelo era terceirizar muito isso. Gastamos muito dinheiro. Não ultrapassamos o limite, mas estamos bem perto disso. Só não acho que estamos fazendo um bom trabalho de gastá-lo da maneira mais eficaz”, completou o empresário, em desaprovação à forma que Guenther conduziu a gestão do orçamento da Haas.
Vale destacar que ao longo dos anos, a Haas operou com recursos limitados na F1. No entanto, em 2021, o dono da equipe estabeleceu um limite orçamentário para a escuderia. Porém, até o momento, os gastos ainda não teriam atingido o limite máximo.
Por outro lado, as escuderias tradicionais da Fórmula 1 tiveram que reduzir seus gastos de maneira considerável para se encaixarem dentro do limite de custos, que hoje está fixado em 135 milhões de dólares.