Arthur Santos Eustachio
O piloto George Russell diz que os atletas da Fórmula 1 precisam ser mais do que pilotos para ter sucesso no esporte hoje em dia. Para ele, é necessário causar um impacto positivo nos torcedores, dada a quantidade de compromissos fora da pista.
A complexidade das máquinas na Fórmula 1 de fato aumentou na era moderna, com uma infinidade de configurações diferentes disponíveis para um piloto no volante para ajustar o carro durante um evento. Reconhecendo que simplesmente ser rápido ao volante não é suficiente para prosperar no grid, Russell comparou as épocas.
“Quando eu cresci, era apenas uma questão de velocidade e você pulava no carro e não pensava em mais nada, você apenas pensa em dirigir o mais rápido possível. Mas os tempos mudaram. Se eu falar puramente no sentido de corrida, os carros estão mais complexos do que nunca e a maneira como você trabalha com sua equipe é tão diferente, as equipes são maiores do que nunca: nós tem 2.000 pessoas na Mercedes”, disse.
“Então, se eu fosse um piloto tão rápido quanto sou hoje, mas não pudesse trabalhar com minha equipe ou não pudesse me comunicar, não estaria na posição que estou agora”, acrescentou o britânico.
O companheiro de equipe de Russell, Lewis Hamilton, e o agora aposentado Sebastian Vettel lideraram o caminho na abordagem de questões sociais como parte de suas plataformas no esporte, especialmente quando viajam para países do Oriente Médio onde as violações dos direitos humanos ocuparam o centro das atenções.
Mas com outras questões, como a guerra, que afetaram o esporte nos últimos anos, Russell reconhece que há um impacto a ter como principal concorrente. “Fora do circuito, acho que todos reconhecemos que temos uma voz poderosa. Você quer ter um efeito positivo nas pessoas e sobretudo quando você vê o que está acontecendo no mundo neste momento, é bastante devastador”, analisou.
“Quando às vezes você dá um passo para trás e tem a perspectiva de estarmos em nossa pequena bolha, todos nós pensamos que isso é a coisa mais importante do mundo, não apenas os pilotos, mas para todos neste paddock. Mas, na verdade, há tanta coisa acontecendo que é verdadeiramente devastador. Só espero que a influência que temos seja boa na vida de outras pessoas”, concluiu.
