Danielle Barbosa
A organização do GP de Miami revelou que negocia com a Fórmula 1 a possibilidade da prova virar uma corrida noturna futuramente. A princípio, a ideia é o modelo da etapa de Las Vegas, também nos Estados Unidos, que estreará ainda neste ano.
Tom Garfinkel, um dos diretores responsáveis pela organização da prova em Miami falou sobre o tema. O executivo apontou o clima imprevisível como um dos motivos para a possível mudança. Garfinkel, contudo, ponderou que existem diversos outros fatores para se considerar, como o interesse da televisão.
“Tivemos algumas discussões sobre isso. Obviamente, neste período do ano, o clima é meio imprevisível. Neste ano tem sido muito bom até aqui, com a brisa ajudando, mas ano passado foi incrivelmente quente“, disse Garfinkel em uma roda de imprensa, segundo o portal Motorsport.com.
“Mas há muitos fatores por trás disso, com a F1, televisão e mais. Então temos que pesar tudo isso. Mas certamente estamos abertos a isso“, acrescentou.
O fuso horário de Miami em relação à Europa é um dos fatores que podem pesar contra a mudança para corrida noturna. A cidade americana está 5 horas atrás de Londres, por exemplo. Com isso, a prova ocorreria no meio da madrugada no velho continente, causando um impacto considerável na audiência televisiva.
O GP de Las Vegas encontrou como ‘solução’ a realização da prova na noite de sábado. Contudo, a cidade conhecida por seus luxuosos cassinos, está oito horas atrás de Londres, portanto, ela vai pegar a manhã de domingo no mercado europeu.
Garfinkel respondeu ainda sobre a chance do GP de Miami, além de noturno, também acontecer no sábado ao invés de domingo. “Ainda não estamos em uma posição para tomarmos esse tipo de decisão. Estamos conversando sobre a possibilidade, e como isso poderia acontecer“, completou.
Sucesso do GP de Miami:
De acordo com Tom Garfinkel, todos os ingressos disponibilizados para o fim de semana do GP de Miami foram vendidos. O executivo, entretanto, garante que a ideia da organização é continuar crescendo a cada temporada.
“Estamos esgotados. Provavelmente poderíamos ter vendido 150 mil ingressos [por dia] baseado na demanda e o espaço que temos aqui, mas quero que todos tenham uma ótima experiência. É difícil ter muitas pessoas, garantindo que as coisas não tenham filas longas, muito tráfego e essas coisas”, avaliou.
“Nosso objetivo é crescer um pouco a cada ano, melhorando nossa operação, garantindo que as pessoas sempre tenham uma boa experiência, com número adequado de pontos de venda e banheiros. Esse é o motivo pela qual dobramos a largura das pontes de acesso, antecipando esse aumento do público para o futuro“, finalizou.
