Mateus Pereira
Ligada à Aston Martin desde 2021, Jessica Hawkins foi a primeira mulher a pilotar um carro de Fórmula 1 desde 2018. Ainda assim, a britânica demonstra ter “os pés no chão” quanto as suas reais chances de correr por um Grande Prêmio em breve.
Em entrevista recente ao GPblog, ela não fugiu da posição de exemplo para jovens mulheres em busca de oportunidades na F1 e a responsabilidade que isso implica em sua carreira.
“É estranho você se ver como tal, mas acho que sim (sou um exemplo). Recebi muitas mensagens de garotas jovens ou de seus pais dizendo que eu as inspirei“; revelou. “Acho que algum tipo de responsabilidade recai, não apenas sobre os meus ombros, mas sobre a minha geração de pilotos do sexo feminino para realmente fazer o que queremos e inspirar a geração mais jovem“; refletiu Hawkins.
Apesar de demonstrar uma grande consciência sobre a dificuldade que as mulheres encontram para seguirem no automobilismo, Jessica ainda acredita fielmente que uma mulher terá a chance de compor o grid principal da Fórmula 1 no futuro.
A britânica de 28 anos não acredita que terá essa oportunidade, mas sabe que está assentando o caminho para jovens mulheres.
“Sim, 100%. Acredito 100% que já tivemos mulheres talentosas o suficiente (para correr pela F1) […] mas o que não tivemos foi uma mulher que tem todas as peças do quebra-cabeça chegar à Fórmula 1. E assim que encontrarmos uma delas, ela estará 100% na Fórmula 1. Não tenho a menor dúvida disso“; encerrou Jessica.
Aston Martin terá novo nome em 2024
A equipe a qual pertence Jessica Hawkins confirmou recentemente algo que já vinha sendo especulado há meses nos bastidores da Fórmula 1: a saída da Cognizant como “patrocinadora principal” e a efetivação da petrolífera saudita Aramco como sua maior parceira.
Isso resultará então na renomeação da equipe de Fernando Alonso e Lance Stroll a partir dessa segunda-feira (1). Assim, a equipe deixará de se chamar Aston Martin Aramco Cognizant F1 Team, tornando-se a Aston Martin Aramco Formula One Team.
Trata-se também de um acordo a longo prazo, já que a Aramco será a principal patrocinadora da equipe pelos próximos cinco anos, até 2028. Esse acordo fortalece significativamente a base financeira da Aston Martin, considerando que a petrolífera é um dos gigantes do patrocínio e um pilar essencial na Fórmula 1.
