Max Verstappen, atual campeão mundial da Fórmula 1, comentou sobre a ausência de mulheres no quadro de pilotos da categoria.
Ultimamente, a falta de piloto mulher tem sido uma pauta recorrente. Na análise do holandês, para homem já é difícil ingressar na F1, mas para a mulher, o grau de dificuldade é “naturalmente” muito maior.
Max Verstappen avalia as chances das mulheres na Fórmula 1
“Acho que se você olhar para a porcentagem de homens e mulheres nas corridas, acho que já para os homens o potencial é, claro, muito baixo para entrar na Fórmula 1. Então naturalmente para as mulheres é ainda mais difícil”, disse Verstappen sobre a dificuldade de uma mulher ingressar na F1, segundo o portal Speedcafe.
Tricampeão mundial da Fórmula 1 com a Red Bull Racing, Verstappen acrescenta ainda as dificuldades físicas para dirigir em certos circuitos na categoria. Portanto, o piloto enfatizou que, para uma mulher, esse fator pode ser muito mais difícil em relação a um homem.
“Acho que pilotar fisicamente a F1, em alguns lugares, é bastante difícil. Mas acho que é tudo treinável se você trabalhar duro para isso, mas é naturalmente um pouco mais difícil para uma mulher”, comparou o holandês.
No entanto, o piloto da RBR enfatizou que, além dos treinos, o talento pode se sobressair em relação a essas dificuldades que podem ser um empecilho para as mulheres na F1.
“Mas se você tem talento suficiente, é claro, é possível porque não acho que os chefes de equipe sejam pessoas que tomam decisões para escolher seus pilotos e olhem para isso como ‘Oh, não, nós só vamos para homens'”, justificou o atual campeão.
“Se há uma mulher que está batendo em todos os outros, então, naturalmente, ela terá a oportunidade de chegar à Fórmula 1. Mas é que há menos mulheres no esporte e, naturalmente, a porcentagem para chegar ao topo é menor”, conclui Max Verstappen.
Fórmula 1 tenta a inclusão de mulheres nas pistas
Tema da análise de Max Verstappen, a presença da mulher na F1 se tornou uma bandeira na categoria. Nos últimos anos, o automobilismo não tem medido esforços para atrair mulheres para diferentes modalidades. Um exemplo disso, são as iniciativas como Girls on Track e W Series.
Além disso, a Fórmula 1 administrou uma categoria exclusivamente para mulheres em 2023, a F4. E a expectativa é que mais equipes aderem o projeto a partir de 2024.
Ademais, a F1 Academy, em conjunto com outras iniciativas, tem procurado abordar a inclusão feminina em diversas esferas do esporte. E como resultado desses esforços, Tina Haumann (Aston Martin), Abbi Pulling (Alpine), Bianca Bustamante (McLaren) e Lia Block (Williams) se beneficiarão deste apoio neste ano.
Diante desse cenário, espera-se que, com o aumento das taxas de participação, as chances de uma mulher se tornar piloto de F1 aumentem proporcionalmente ao longo dos anos.