A McLaren é uma das equipes mais tradicionais e antigas da história da Fórmula 1. Assim, o time britânico chegou a categoria em 1966 e desde então esteve presente em todos os anos. Durante todas essas temporadas, a equipe conquistou oito títulos de construtores e teve 12 pilotos campeões.
Para quem não sabe, a equipe foi fundada pelo piloto neozelandês Bruce McLaren, que acabou perdendo a vida enquanto testava um dos carros Can-Am no ano de 1970. Apesar da tragédia, a equipe se manteve firme. Dessa forma, em 1974, os britânicos conquistaram tanto o seu primeiro título mundial de construtores quanto o de piloto, com o brasileiro Emerson Fittipaldi.
Dois anos depois, James Hunt também conseguiu se tornar campeão como piloto correndo pela equipe. No entanto, a equipe acabou se afastando dos primeiros lugares nas temporadas seguintes. Somente em 1984, quando o time se tornou pioneiro na utilização do chassi de fibra de carbono, é que a McLaren se tornou uma força dominante dentro da F1.
Desse ano até o início dos anos 90, os britânicos foram a casa de grandes nomes do automobilismo, como é o caso de Niki Lauda, Alain Prost e Ayrton Senna. Além disso, no período, a equipe conquistou seis títulos de construtores e sete de pilotos.
Após se separar da Honda, a McLaren se aproximou da Mercedes. Mesmo não sendo uma aliança tão vitoriosa, a “era” gerou um título de construtores em 1998 e três de pilotos, sendo dois com Mika Hakkinen e um com Lewis Hamilton.
Inclusive, vale lembrar que em 2007, os britânicos se envolveram em uma polêmica por supostamente espionar a Ferrari. Isso custou uma multa de US$ 100 milhões e a eliminação do campeonato de construtores. Além disso, Hamilton e Fernando Alonso, perderam o título de pilotos na última rodada.
Hiato sem títulos e distante das primeiras posições do grid
Após a polêmica, como já dito, a McLaren viu Hamilton conquistar seu primeiro título mundial com seu carro em 2008. Contudo, os anos que se seguiram deixaram a desejar em questão de desempenho. A associação com a Mercedes chegou ao fim em 2014 e no ano seguinte a Honda retornou.
Infelizmente, a parceria não conseguiu encontrar os resultados dos anos 80 e 90. Após três anos acumulando péssimos resultados, mesmo com dois ex-pilotos campeões mundiais, a cooperação chegou ao fim.
Depois disso, a McLaren se associou com a Renault, mas novamente os resultados não apareceram para os britânicos. Aos poucos, o time acumulava vexames e observava grandes nomes preferirem não se envolver com a equipe.
Apesar disso, em 2018, com Carlos Sainz Jr. e Lando Norris, a McLaren começou um processo de recuperação constante. Mesmo estando bem longe do ideal, o time começava a se posicionar melhor no grid, com Sainz conquistando um terceiro lugar no Grande Prêmio do Brasil em 2019. Esse, inclusive, foi o primeiro pódio dos britânicos desde que Button venceu a mesma prova no ano de 2012.
Em 2020, a equipe conseguiu mais bons resultados com cada um dos pilotos conseguindo um pódio. Além disso, o time terminou a temporada em terceiro no campeonato mundial de construtores. Entretanto, em 2021 e 2022, as coisas não funcionaram tão bem
McLaren se torna uma das surpresas de 2023
Na última temporada, a McLaren chegou como um dos azarões e sem grandes pretensões, mesmo que contassem com Norris e Oscar Piastri, dois pilotos jovens e com muito potencial. Isso sem mencionar que os britânicos viram Andrea Stella assumir a posição de chefe.
Inicialmente, a equipe ficou para trás no grid de largada. No entanto, com o decorrer da temporada e com algumas atualizações, o time passou a ser o principal rival da Red Bull. Assim, devido ao mau início, a McLaren ficou apenas com a quarta posição no mundial de construtores, mas acumulou nove pódios e 302 pontos. Agora resta saber se a equipe conseguirá repetir o bom desempenho da parte final da última temporada em 2024.