Arthur Santos Eustachio
A desistência de George Russell no Grande Prêmio do Brasil no último domingo, por causa de falhas no motor, não terá efeitos colaterais nas duas próximas corridas desta temporada de Fórmula 1. É o que informou a Mercedes em um relatório da equipe após a prova em Interlagos.
No domingo, Russell foi aposentado por precaução, depois que o aumento da temperatura na unidade de potência causou o risco de danos maiores ao carro. O chefe de desempenho na pista da Mercedes, Riccardo Musconi, disse que o piloto sempre esteve programado para ter uma unidade de potência diferente para Las Vegas e para o final da temporada de Abu Dhabi.
“Para evitar possíveis incêndios e danos a outras partes do carro, a conclusão lógica foi aposentar o carro no Brasil. Mas ele estará com uma unidade de potência diferente nas duas últimas corridas, de modo que não há problema desse ponto de vista”, explicou Musconi.
A Mercedes sofreu um fim de semana ruim em Interlagos, o pior do ano, depois de chegar com esperança de repetir a dobradinha do ano passado. O heptacampeão mundial Lewis Hamilton, por exemplo, ficou em oitavo.
O triunfo em Interlagos em 2022 continua sendo a mais recente dos ex-campeões, que já foi dominante; pois agora a Red Bull já venceu 19 das 20 corridas até agora nesta temporada e a Ferrari a restante.
Nisso, Musconi disse que a desclassificação de Hamilton do segundo lugar no Grande Prêmio dos Estados Unidos, no mês passado, em Austin, devido ao desgaste excessivo da prancha sob o carro, pode ter contribuído para a falta de ritmo, mas sem ser o fator determinante.
“Talvez tenhamos sido muito conservadores com as alturas de pilotagem depois de Austin. Parte da resposta pode estar aí, mas não achamos que isso explique o quadro completo que vimos acontecer no fim de semana”, concluiu Musconi.
