Arthur Santos Eustachio
As críticas de Max Verstappen aos recentes desenvolvimentos da Fórmula 1 encontraram repercussões. O holandês expressou várias vezes que o foco do esporte em carros mais pesados não é a direção certa.
Agora, o presidente da FIA, Mohammed Ben Sulayem, também defende veículos mais leves; de modo que o apelo à mudança está ganhando força.
De fato, na última década, os carros de Fórmula 1 ficaram cada vez mais pesados, uma tendência à qual Verstappen se opôs veementemente. Na sua opinião, o ganho de peso levou a corridas monótonas, evidentes no Grande Prêmio do Azerbaijão no mês passado, por exemplo.
Verstappen lamentou que o aumento de peso represente desafios em situações de baixa velocidade, dificultando o acompanhamento de outros carros e colocando mais pressão nos pneus.
A recente mudança da Fórmula 1 em direção à aerodinâmica de efeito de solo, juntamente com rodas e calotas maiores, resultou em um aumento no limite de peso mínimo.
Em 2022, os carros atingiram seu peso mais pesado até o momento: 798 kg, um aumento em relação aos 752 kg anteriores.
Reconhecendo a necessidade de um espetáculo aprimorado, especialmente com a Red Bull dominando o campeonato, Ben Sulayem disse que “a importância de veículos mais leves tem implicações para a segurança também para a economia de combustível”.
Com base em sua experiência em rally, ele enfatizou que carros mais leves oferecem desempenho superior. Os sentimentos de Ben Sulayem ressoaram em muitos dentro da comunidade automobilística, alimentando o crescente consenso de que a mudança nesse sentido é necessária.
O próximo Grande Prêmio da Fórmula 1 é dia 18. A prova no Canadá acontece às 15h (horário de Brasília), no circuito Gilles Villeneuve. Atualmente na temporada 2023, o próprio Max Verstappen e a Red Bull Racing lideram a tabelas de piloto e a de construtores, respectivamente.
