Arthur Santos Eustachio
Após duas temporadas em que o companheiro de equipe Max Verstappen foi campeão mundial e Sergio Pérez foi quarto e terceiro no campeonato, o mexicano tinha como objetivo brigar com o holandês pelo título em 2023, seu terceiro ano com a equipe Red Bull.
Contudo, apesar de duas vitórias nas quatro primeiras corridas, Verstappen soma três vitórias consecutivas, e Sergio Pérez já está 53 pontos atrás na tabela. Por isso, o tricampeonato parece uma questão de tempo para o holandês.
Na atual equipe de referência da Fórmula 1, a Red Bull, as coisas parecem correr a favor do holandês, o piloto em quem tem investido muito há alguns anos. Assim, Alain Prost acredita que Pérez teria de mudar as coisas a seu favor para ter algum chance.
“O jogo do piloto é fazer pender a balança a seu favor. Seja pelo acerto do carro, seja pela contribuição que você dá à equipe e pela simpatia que é gerado”, disse ele em entrevista ao L’Equipe.
Prost aconselha o mexicano a não falar tão claramente sobre seu objetivo de ultrapassar Verstappen. “Pérez tem que fazer Max Verstappen começar a duvidar de si mesmo e a Red Bull mudar de ideia sobre ele. Todos sabemos que Pérez está cumprindo uma missão praticamente impossível. Mas, antes de tudo, para ele ter sucesso, ele não deveria falar tanto sobre seu desejo de vencer Max.”
O francês fala com conhecimento de causa. Não à toa o pai de Checo, Antonio Pérez Garibay, comparou recentemente o duelo entre companheiros da Red Bull com o mítico Prost versus Senna.
“Seu ambiente não está ajudando. Segundo uma reportagem que li há um mês, seu pai, em entrevista a jornalistas, comparou a luta de Sergio contra Max com a batalha que tive com Ayrton. Achei essas declarações um tanto inúteis e contraproducentes”, concluiu.
Apesar da diferença, Pérez já tem mais uma vitória do que tinha nesta altura em 2021 e 2022, e a mesma no total que conquistou no ano passado.
