Matheus Camargo
Alain Prost, tetracampeão de Fórmula 1, disse que Max Verstappen e Lewis Hamilton mudaram como pilotos após a disputa entre ambos pelo título em 2021. Verstappen e Hamilton estiveram lado a lado na luta pelo título de 2021 até a rodada final, em Abu Dhabi, e piloto da Red Bull foi o vencedor, garantindo o primeiro campeonato mundial.
Desde então, Verstappen tem desfrutado da dominância, conquistando mais dois títulos em 2022 e 2023 com relativa facilidade. Prost acredita que desde a rodada final de 2021, Verstappen se tornou um piloto mais tranquilo.
Em entevista ao jornal francês L’Équipe, Prost comentou as mudanças para os campeões mundiais.
“Aquele Max desapareceu depois de 2021, depois de uma grande briga com o Hamilton. Não vou falar sobre a polêmica final em Abu Dhabi, mas vou falar sobre como ele e sua Red Bull se recuperaram durante a batalha com a Mercedes ao longo da temporada”, disse Prost, que seguiu.
“Esse primeiro título o tornou mais forte. Desde então ele tem estado calmo, exceto na busca pela perfeição.”
Para Prost, o domínio de Verstappen não vai parar em breve
O tetracampeão e ex-rival histórico de Ayrton Senna disse que Verstappen não vai perder toda sua dominância, ao menos nas próximas temporadas da Fórmula 1.
“Este é um mau sinal para a competição porque, o domínio de Verstappen não vai parar tão cedo”, acrescentou. Os próximos dois anos sem alterações nas regras não vão mudar muita coisa”, garantiu Alain Prost, que concluiu:
“E mesmo a partir de 2026, porque ele e a sua equipe são muito talentosos, eles estarão à altura do desafio e pelo menos competirão pelo título.”
Rival histórico de Senna, Alain Prost tem atualmente 68 anos e deixou o automobilismo em 2002, quando sua equipe, a Prost Grand Prix Racing Team deixou as competições. Ele foi piloto da Renault, da McLaren, onde foi tricampeão do mundo de Fórmula 1 em 1985, 1986 e 1989, e depois passou pela Ferrari, onde teve problemas, ficando até 1992, e chegando à Williams em 1993, em seu retorno após um ano de hiato, sendo campeão da Fórmula 1 pela quarta vez e aumentando sua rivalidade com Senna. Foi sua temporada de despedida da categoria. Foram 51 vitórias em sua carreira, com 33 pole positions e 106 pódios.
